sábado, 28 de agosto de 2010

NOTAS BFR X CEARÁ, E PRÉVIA BFR X INTER

De novo, diante de outra retranca, o BOTAFOGO não se saiu tão bem assim, é o eterno problema da falta do centro-avante de referência na área: todos estão muito longe do gol, além disso os zagueiros jogam com mais liberdade.
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Mas o maior defeito do Botafogo nos últimos dois jogos em que fez apenas 1 gol e que com isso perdeu o posto de melhor ataque do BR-10, é justamente o não apoio dos alas. O time melhorou muito com a entrada de Caio na ala direita, dando alguns dribles secos e cruzando boas bolas para a área que não tinha ninguém. Esta mexida de Caio no lugar de Alessandro tem dado certo porque foi treinada durante a pausa da COPA-10, e está sendo testada e têm dado muito certo, primeiramente com a saída do Fahel e o deslocamento do 2 para a linha de zaga, agora com a saída do próprio “presidente” do elenco.
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O problema desta mudança é o leve deslocamento de Somália para a direita, para suprir os buracos defensivos que o ponta de ofício Caio deixa em suas costas. No entanto, o “pretinho do General” rende muito melhor no meio, atuando quase como os antigos “pontas-de-lança”, saindo do meio e chegando ao ataque. Mas até aí tudo bem, afinal com Alessandro em campo ele tem que cair para a direita para suprir as deficiências ofensivas do lateral botafoguense.
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Marcelo Cordeiro também está num mau momento, aparecendo menos no ataque do que na defesa. Também as deficiências ofensivas por este lado são supridas quando, no segundo tempo, entra o Edno de ponta-esquerda.
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Assim, sem os laterais, o Botafogo que atacava com 5 homens: o trio da frente (Jobson, Mago e Herrera), Somália chegando de trás e o apoio de um dos laterais; passa a atacar só com 4, e todos pelo meio, permitindo uma efetiva marcação no sistema de ataque, pois nestes três últimos jogos, os técnicos botaram um volante em jobson e outro em Maicosuel, a fim de pará-los. Além de, muitas vezes, o ataque ser reduzido apenas ao trio ofensivo, quando Somália não apoia ao ataque. Por isso, o ataque do Botafogo produziu tão pouco ultimamente, afinal, em dois jogos fez apenas 1 gol – o outro foi de um zagueiro –.
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Por isso acredito que o Botafogo deva jogar com 3 atacantes, a minha preferência seria a dupla Mercosul do estadual mais o possesso Jobson, mas pelo mau momento do argentino Herrera, e pelo sistema tático já treinado e testado, talvez a melhor opção seja o jovem Caio pela direita, fazendo a ala completa, da meia à linha de fundo.
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Para quem não se lembra, o BFR jogou assim em 2009, na arrancado, junto com Jobson e Jefferson, para fugirmos do rebaixamento. Ao lado destes dois, um jogador foi muito importante, o zagueiro Diego (6), atuando como lateral esquerdo, mas na verdade, formando um trio de zaga forte, com Wellington (4) pela direita e Juninho (3) pelo centro. No meio um par de volantes (Fahel, 11; e Leandro Guerreiro, 5) e um par de meias (Lúcio Flávio, 10; e Renato, 8), na frente um par de atacantes (Jobson 9; e mais um, normalmente André Lima, 19; mas também apareciam o Reinaldo, 7; e o Victor Simões, 18). Em tese um 4-2-2-2, que na prática variava de 4-2-3-1, pois o Renato jogava mais como terceiro atacante pela esquerda, voltando mais para compor o meio campo (o que quase nunca fazia), que se transformava em um 3-3-3-1, já que Diego só subir ao ataque pela esquerda em raríssimas vezes, sempre fazendo um bom trabalho:
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2----------11-----------5---------
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Joel poderia armar o mesmo 3-3-3-1, com Herrera fazendo o 1 de referência ou o atacante pela direita. Minha preferência, PELO MOMENTO, são, respectivamente, Abreu e o Caio, que pode atuar taticamente como este meia do 4-2-2-2 que avançava pela direita e voltava para fechar o meio. Com só um lateral de ofício (desta vez o esquerdo), um trio de zagueiros, com Somália como volante pela direita, Marcelo Mattos pelo centro, Jobson caindo pela esquerda, centralizando, como fazia pela direita ano passado:
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Joel, contra o fortíssimo Inter de Porto Alegre, Joel tem 2 problemas gravíssimos: Marcelo Cordeiro e Marcelo Mattos não atuarão, o primeiro por força contratual (é jogador do Inter emprestado ao BFR), o segundo por força legal (3 cartões amarelos, que ele levou em 5 jogos, Joel tem que olhar isso, é muito cartão para pouco jogo). O que eu faria? Túlio Souza como volante e Edno no lugar da ala esquerda, para fazer, desde o início do jogo, o que faz só no 2º tempo das partidas. Joel? Com certeza mandará Fahel e Renato à campo, e deslocará o Somália para a direita. Eu rezarei pelo meu time...

domingo, 22 de agosto de 2010

NOTAS DO FRACO BFR X AVAÍ

O time não pareceu o mesmo, com a mesma de pegada e incisividade, Jobson e Maicosuel foram marcados incansavelmente por Diogo e Bruno, respectivamente, no esquema de três volantes montado por professor Antônio Lopes, Joel não soube desfazer o bloqueio individual que 2 dos 3 volantes do Avaí faziam sobre os dois principais jogadores alvinegros. Pode ter sido a presença de Mano, pois no jogo passado tanto Jobson quanto Mago conseguiram fugir destas marcações, e contra o Avaí, na única vez que escaparam, o bandeirinha marca impedimento inexistente - quanto erraram no jogo de ontem! - e o árbitro ainda dá amarelo para Jobson por ter continuado a jogada. Tudo bem, pelo que os dois vêm jogando, e pelo que o BOTAFOGO está jogando, acho que serão bem observados por este técnico de seleção que assiste a jogos.
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Quando você tem seus homens de frente com marcação individual, é necessário que o segundo-volante avance com a bola dominada, chamando marcação, aí você solta os atacantes, pois um dos marcadores tem que ir pra cima, o que não ocorreu. O Renato, ao contrário dos outros jogos, dando sempre velocidade e qualidade pela esquerda, também não foi bem.
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E o que foi, que acabou funcionando no time? A famigerada jogada aérea do BOTAFOGO! Embora pareça que temos vergonha dela, parece que ninguém quer mais vê-la em campo. Mas um lembrete: nos 8 gols da final de 180 minutos da Libertadores da América, foram 6 gols de bola alçada na área. Na copa do mundo-10, muitos jogos foram resolvidos assim, que digam o Brasil, a Holanda, Espanha, Argentina e Alemanha!
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Joel está colocando o time sem atacante referência, acho aí um erro, num jogo travado como de ontem, um cara que segure a bola e faça o pivô, é importantíssimo, até mesmo para garantir alguma forma de ataque, pois o jogo foi tão travado no meio de campo que a quantidade de chutes a gol foi baixíssima!
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O que há de mal com jogada aérea? quando o time era ruim, todo mundo batia no peito dizendo que era o estilo do time, enquanto os detratores chamavam o time de "inglês" e de uma só jogada. Agora que temos qualidade individual, ninguém quer mais a jogada aérea? Por quê? ficaram com vergonha de "jogo feio". Já perceberam que NENHUM comentarista quer a volta de Loco Abreu ao time, mesmo TODOS falando da má fase de Herrera? Em jogos travados, é uma diferença do time. Ainda bem que temos zagueiros: Antônio Carlos, Danny Moraes, e agora Fábio Ferreira, já fizeram os seus de bola parada.
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Todavia, com o Loco no campo, com 1 volante nos homens mais técnicos e criativos, teríamos não só a bola aérea como também o pivô, pois o Loco sabe segurar a bola e rolar para trás, o que nem Herrera nem o Edno fazem: na única bola que recebeu, Abreu segurou, parou, olhou e ajeitou para a batida de Marcelo Matos para longe do gol.
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Como ponto de referência para tabelas e assistências, segurando 1 zagueiro dentro da área, você mataria a montagem defensiva dos adversários, pois perderia 3 marcadores (2 volantes com Jobson e Mago e 1 zagueiro com Loco), não perderia velocidade, e ganharia em estatura e presença de área.
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Faltou Joel desmontar o time adversário, no duelo de técnicos venceu Antônio Lopes, que perdeu o jogo porque não tinha um Mago para cruzar bolas paradas, nem paredões de zagueiros para fazer o gol. E quando teve a chance do empate, bateu de frente com uma Muralha Santa, um goleiro de Seleção Brasileira, dois alvamentos em um único lance: Salvo São Jefferson, operador de milagres!
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TÁTICA: BOTAFOGO no seu esquema clássico, variando de 4-3-3-0 defendendo e 3-4-3-0 atacando - o 0 é a ausência de homem de área, que Herrera nem Edon fazem, jogando mais pelos lados do campo -. E o Avaí de Antônio Lopes que hoje não jogou no seu tradicional 4-2-2-2, mas no 4-3-1-2.
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1º TEMPO:
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2º TEMPO:
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ILUSTRAÇÕES: TATICAL PAD

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

INTERNACIONAL, DONO DA RUBRAMÉRICA

Na raça, na vontade, na técnica, O Internacional de Porto alegre é campeão da América. Por um motivo ou outro, sinto o título da Libertadores mais importante do que o Mundial de clubes, o que não é, assim como me parece mais festejado o título da Liga dos Campeões. Assim, me seria injusto ver este maravilhoso time do Inter não ser campeão americano e sê-lo do mundial, como foi o alvinegro paulista. Talvbez seja assim, porque por muitas décadas, o título mundial era um jogo entre o campeão sulamericano contra o campeão europeu, lá no Japão - e todo mundo dizia, menos a FIFA, que o vitorioso era o melhor do mundo, e com toda a justiça, afinal, hoje, nos Emirados Árabes, não mais no Japão, em que o mundial tornou-se um torneio dos campeões das confederações, as finais são sempre entre o sulamericano e o europeu -.
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O que faltou a este Inter, na noite de ontem? Tranquilidade para cozinhar o jogo no primeiro tempo. Um time que se dá ao luxo de ter Sóbis no comando, D'Alessandro na direita, Taison na esquerda, e um trio de volantes como Guiñazu-Sandro-Tinga, e um lateral esquerdo - que há muito deveria estar na seleção brasileira - do naipe de Kléber, pode muito bem se dar ao luxo de tocar a bola de um lado para o outro sem ser incomodado. Não foi o que se viu, o que houve foi um primeiro tempo de chutões para o comando, o que facilitou o serviço do Chivas, tecnicamente inferior, aguerrido, brigador e faltoso - como mando o manual de final de libertadores da América!- E, para sorte do Inter, Fabian (8) fez um gol para o time de Guadalajara, no finalzinho do primeiro tempo, assim como assistiu ao gol de Bautista (7) na semana anterior, lá no México.
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Muita sorte do Inter, mas muita sorte mesmo! Porque agora precisava atacar, atacar e atacar, pois teria que refazer o empate, não há gol qualificado na finalíssima, caso contrário, o Inter, mesmo perdendo de 1, ainda assim seria campeão pois fizera 2 na casa do inimigo. Precisando atacar, o time ficou incrivelmente tranquilo e foi pra cima, do jeito que sabe, mostrando porque é um dos melhores times do Brasil e com talvez o melhor elenco. Até que Kléber - sempre ele, o melhor em campo - assistiu Sóbis, que com as travas da chuteira, antes da chegada do goleiro mexicano, empurra, levemente para dentro das redes. Poderia ter sido o gol do título, assim como em 2006, mas não foi. Sóbis voltou, seu primeiro gol foi numa final da Libertadores, deixando sua marca em duas finalíssimas.
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Não foi o gol do título porque Sóbis machucou o ombro no momento do gol. Na precisão de sair, entrou um menino que nem me lembro de ter sido relacionado anteriormente para qualquer partida da Libertadores: Damião. Em uma das sua primeiras jogadas, pega a bola no seu campo, arranca, ninguém chega nele, na linha da grande área chuta muito forte, em cima do goleiro, a bola bate no braço do arqueiro e sai quicando devagar para as redes. Este sim, o gol do título, o primeiro gol deste garoto na competição, salvo engano, os seus únicos momentos da Libertadores da América, e que momentos!!!!
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Daí, Tinga precisou sair porque tivera a cabeça aberta numa disputa de bola na área. Entrou o iluminado, o santificado, o escolhido pelo divino para este copa Libertadores, um rapaz que não só libertou o grito de "É CAMPEÃO" dos peitos colorados, como libertou o Inter de várias enrascadas - contra o São Paulo, em Porto Alegre, contra o chivas no México, contra o Estudiantes - fazendo gols decisivos. Por algum motivo de justiça comecei a torcer pelo gol deste rapaz, seria a sua coroação, e a coroação deste time: um garoto da base, que sai do banco e resolve com gols decisivos - mal comparando com as importâncias dos gols e dos títulos, como Caio no RJ-10! -. Seu nome: Giuliano, seu número: 11. Assim como o outro rapaz da base, Damião (22), uma de sua primeiras participações foi uma pintura, gol belíssimo: parou de frente a dois zagueiros (2,4), passou por eles, e antes da chegada do volante (5) e do goleiro, dá um totozinho e encobre os dois na sua cavadinha, quase como um Loco Abreu no pênalti!!! Merecidamente correu para a sua torcida, para que pudesse gritar-lhe o nome e ser imortalizado por ela, ele, ali, mais Inter do que todos, mas tão Inter quanto todos os inters naquele maravilhoso Centenário lotado, lotado-lotado!
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Pouco importa, se no fim do jogo, Bautista acerta um pertado no travessão numa cobrança de falta, e Reynoso completa para as redes, teria o gol do Damião para compensar, teria o gol de Giuliano para abrir vantagem.
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O Inter foi campeão porque não se contentou com a regra, ser campeão com ela sobre os braços, sendo ele mesmo, o Inter, o mais beneficiado com o gol qualificado. Foi campeão, porque, quando Sóbis garantiu o título foi para cima para garanti-lo mais ainda, e fez margem e pôde descansar com a torcida. Saldo final: Inter 5 x Chivas 3. Além de 5 gols de jogadas aéreas: todos os 3 do primeiro jogo, e os dois primeiro deste, mostrando a importância deste fundamento em jogos decisivos, e, em principalmente, ter homens cruzadores de bola como Kléber em campo.
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Parabéns, Sport Club Internacional de Porto Alegre, a América é sua.
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TÁTICA: no primeiro tempo o Chivas veio no 4-2-3-1, usando o bom atacante Bofo Bautista de enganche; já o Inter veio de 4-3-2-1, com Tinga livre para chegar bem na frente, o 16 colorado virava, no segundo tempo, praticamente um homem de área, ao lado de Sóbis.
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No segundo tempo, com a vantagem do placar, o técnico mexicano cometeu o mesmíssimo erro de Guadalajara, segurou o lateral direito, liberou o esquerdo, colocou o atacante mais de área na ala direita, e montou o time no 3-4-1-2. O Inter só fez mudanças pontuais, por contusões, acabou permanecendo no 4-2-3-1, com Giuliano - mais iluminado do que nunca - no lugar de Tinga; porém as mudanças pontuais deram muito certo, foram os garotos da base que entraram e mataram o jogo!
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ANIMAÇÃO: GOL DE GIULIANO


. IMAGENS E ANIMAÇÕES: TATICAL PAD

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

FINAL LIBERTADORES INTER X CHIVAS: ANTES

Eu aposto no Internacional de Porto Alegre ponto final
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Por quê? Porque o Inter é mais time, D'Alessandro é mais talentoso, Guiñazu é mais raçudo, a defesa - tirante o goleiro - é mais inteira, Alecsandro faz gol se tiver chance, Kléber apoia muito pela esquerda, Taison, Tinga, Sandro estão no fino da bola.
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Por quê? Porque o Inter é mais elenco: Sóbis - fora de ritmo - ainda é Sóbis, decidiu para o Inter da última vez, com dois gols no Morumbi, e pode jogar de ponta ou de centro-avante; Giuliano está iluminado, no último jogo, como titular, foi mal, reclamei da permanência dele em campo, chamei Roth de "pessoa-não-inteligente", e ele pode ter feito o 1º gol do título!.
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Uma coleção de jogadores que podem decidir na frente e garantir atrás, ou vice-versa: o gol da virada, lá no México foi obra de dois zagueiros: os ótimos e constantes Bolívar e Índio. Se o lateral direito e o goleiro destoam do resto do time, jogando abaixo do esperado, a equipe compensa em experiência, garra e, sobretudo, vontade - mormente deste Celso Roth que está a um passe de deixar de ser um Roth e se tornar o Roth!!!
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O time tem defeitos? É claro que tem! O goleirão entregou o ouro duas vezes seguidas, em jogadas aéreas, contra o São Paulo no Morumbi, e contra o Chivas, em Guadalajara! Mas, acima de tudo, tem qualidades, e muitas, e todas superiores ao boníssimo time mexicano - que não é melhor que o São Paulo, se organizado taticamente; que o Cruzeiro; e, principalmente, que o Estudiantes!-.
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Roth deve montar o time no seu 4-3-2-1, com 3 volantes, tendo Tinga saindo mais para o jogo, D'Alessandro aberto como ponta-direita e Taison pelo outro lado, e Alecsandro no comando.


A segunda alternativa é a troca de Tinga por Giuliano, como ocorreu na última partida, o time entraria assim no 4-2-3-1. Giuliano pode jogar pelo meio e deixar D'Alessandro aberto - como montado por Roth -, ou com Giuliano aberto e D'Alessandro criando mais centralizado - minha preferência, pois acelera o ataque, e permite melhor movimentação do 10 argentino.



A terceira alternativa é a entrada de Rafael Sóbis, ou no lugar de Alecsandro ou numa ponta, de preferência no lugar de Taison, ou no lugar de Tinga, deslocando D'Alessandro para o meio.



sábado, 14 de agosto de 2010

SEGUNDA VITÓRIA GLORIOSA SEGUIDA

O jogo deste sábado, contra o Dragão de Goiás, mostrou novamente a força ofensiva do BOTAFOGO DE FUTEBOL E REGATAS, que completou, nesta quinta-feira, 12 de Agosto, 106 anos de futebol arte. A veia ofensiva do BFR está em seu DNA, é dele a maior goleada do futebol brasileiro, e por muitos anos a maior do futebol mundial, 24 X 0 contra o Mangueira, que depois foi só fazer samba - ainda bem -, e recebeu a alcunha de O GLORIOSO pelas goleadas seguidas no campeonato vitorioso de 1910, imortalizado no hino - lembrando que o primeiro título do futebol do Botafogo foi em 1907 -. Esta apoteose ofensiva é tamanha que é praticamente impossível montar um time dos sonhos do BOTAFOGO: quem botar na linha frente? Garrincha é a única unanimidade - porque ele é unanimidade no futebol mundial -, e discordando do grande Nelson Rodrigues: esta inteligentíssima! Quem botar ao lado do ANJO? Só na ponta-direita teríamos que escolher entre Heleno de Freitas, o Divino; e Jair, o Furacão; no comando do ataque Amarildo, o Possesso; Quarentinha; Túlio, o Maravilha? Alguém teria que sobrar, se no ainda útil 4-3-3, no 4-2-4 da década de 60, no 2-3-5 das décadas iniciáticas do futebol até os meios de 50! É muita gente boa lá na frente, muita gente boa para encantar, golear, destruir adversários!!!!


Por isso não espanta o Botafogo-10 ter o melhor ataque do BR-10! Não espanta porque é obrigação da Estrela Solitária perseguir o gol a todo custo! E nesta noite não foi diferente. O futebol não foi o mesmo apresnetado em casa contra o galo mineiro, o que eu chamei, sem medo de errar e do exagero, dO MELHOR FUTEBOL DO CAMPEONATO BRASILEIRO!!!! Desta vez o ataque continuou infernal, meteu "apenas" 2, e se deu ao luxo de perder tentos que foi uma barbaridade, exatos 4 gols feitos!


Mas desta vez o time deixou a desejar. Pela segunda vez seguida, e apenas a terceira em 14 jogos, a retaguarda saíu ilesa, o que dei méritos para o sistema defensivo no jogo passado, hoje dou mais desméritos ao adversário. Pelo menos 1 vez o time rubronegro goiano fez a mesmíssima jogada pela esquerda que resoltou no gol do rubronegro carioca, neste ano, e que, no jogo seguinte, contra o alviverde de Campinas se repetiu. Desta vez, não saiu o gol, desmérito deles, e mérito para a calma de JEFFERSON para buscar a bola viva na pequena área. O goleiro selecionável foi tranquilo, não foi ameaçado, e qualquer lance de perigo era prontamente morto por ele, seja socando pelo alto, seja encaixando, seja nunca dando rebote, seja impedindo um cruzamento rasteiro no chão, mortal de qualquer forma, e que normalmente os goleiros esperam no gol, para evitar o que ocorreu com Barbosa x Ghiggia no Maracanazzo de 1950!


O ataque poderia ter sido melhor se os alas tivessem apoiado mais efetivamente. René Simões, um dos melhores técnicos do Brasil, embora pouco prestigiado, ao meu ver, que entende muito de tática e, principalmente, de motivação d atletas; tentou matar o time do BOTAFOGO naquilo que tem de melhor. Tão inteligente fora o René que botou 1 homem em Maicosuel (7), outro em Jobson (9), e outro no Somália (10). Normalmente não se bota marcação individual em um volante, mas René percebeu, no seu dever de casa, que a saída de bola se dá, prioritariamente, com Somália pela esquerda, que corre muito, com suas pernas compridíssimas. O time alvinegro ficou sem saída pelo meio de campo, e faltou justamente os alas saírem para o jogo, afinal, o time joga com 3 zagueiros para que os laterais subam sempre e sempre! Não subiram, e se não fosse o Jobson, sempre enfiado pela extrema direita, o time praticamente não chegaria ao ataque. E por falar em marcação individual, Joel errou, não pôs Marcelo Matos (8) ou Leandro Guerreiro (5) em cima de Carlinhos Bala, que ponteiro por natureza, fazia o homem do meio da trinca do 4-2-3-1, montado por René, e meio torto, já que muita gente marcava individualmente, mas que falhou principalmente na troca de passes - é a falta de qualidade técnica pesando nas costas táticas de René!!!!! -; o baixinho, embora fora de forma, e apagado completamente na segunda etapa, armou umas bolas que passaram pela linha de 3 zagueiros do BFR, faltando - justamente - qualidade técnica para os 3 atacantes do seu time matarem o jogo.


Mas como marcar o Mago e o Possesso? como parar Somália e suas pernas longas, como borracha, como molas? Este moleque outro do Botafogo - o time está cheio deles, que parece correr em câmera lenta, meio desengonçado, mas velocíssimo, parece que corre saltando, com suas pernas longas, cobrindo mais campo em 1 passo, ou antes um salto, do que muitos com dez e se esforçando, por isso parece se multiplicar em campo, parece ter mais fôlego que os demais: o campo é pequeno para as suas pernas longas, na sua corrida de antílope africano! Era a grande pergunta, a grã-dúvida, existencial de René - e que por conseguinte passa a ser a de todos os treinadores que enfrente este brilhante BOTAFOGO de Joel Santana, que varia constantemente de 3-4-2-1 para 4-3-2-1, e sempre termina em campo numa espécie de 4-2-1-2-1 - Simões: como parar Maicosuel, Jobson e Somália? Os dois primeiros não têm medo de encarar três adversários, de ir pra cima, de driblar, de driblar, de driblar - desconcertantes -, de passarem a bola - precisos como relógios -, de rodarem, de correrem o campo, de cair pelas extremas, de buscar e roubar bolas, de partir em velocidade - que zagueiro, que volante acompanham o Mago e o Possesso na corrida, quais, qual? -! E Somália, então, que vem lá atrás, que é o primeiro a chegar, tanto na defesa quanto no ataque; como marcar o garoto que rouba a bola atrás e a vem carregando; e que sempre parece estar lá para o rebote - tanto na frente quanto atrás -; que parece se multiplar, que parece transladar-se, como um fantasma pretinho! O 10 de sorriso brilhante, largo, feliz - com mil motivos para sê-lo -, fez seu segundo gol seguido, esticando uma bola praticamente perdida, metendo-a no cantinho direito do goleiro, uma bola que parecia andar com a mesma lentidão e cobrindo as mesmas largas distâncias quanto o seu dono; este memso 10 - ainda me dói as vistas vê-lo com a 10, ao invés de deixar esta camisa com o Lúcio Flávio mesmo, ou com o Jobson, que é quem mais a merece no momento - correu tanto que teve cãibras - e entrou Fahel, quanta diferença!


O melhor em campo, foi sem dúvida o Jobson*, fez um golaço, além de ter dado dois cruzamentos dignos dos melhores pontas-direitas de todos os tempos, dignos de estarem felicitando o imortal ANJO DE PERNAS TORTAS. No primeiro tempo, imitando Garrincha, entortou um zagueiro e cruzou na medida para Herrera, livre de marcação, de frente para o gol, cabecear para longe - primeiro dos gols feitos perdidos por ele. Alguém duvida que o Loco Abreu, especialista em cabeçadas, marcaria este gol? Poderia até perdê-lo, mas com Herrera, o quasi-gol, está virando crônico; o argentino, pode até ser o artilheiro do time - é o atacante titular e que mais jogou - mas a maioria dos gols foram de pênaltis. No segundo tempo, num ótimo cruzamento pela direita, Herrera faz o mais difícil, a jogada típica do matador, saíu de trás de dois zagueiros e, de carrinho, finaliza para o gol, com o goleiro batido no lance, resultado: quase gol? Eu vi o Loco Abreu fazer um gol destes, este ano, até mais difícil, pois foi antes do primeiro pau, e o Herrera pegou de frente ao gol, no seu segundo Hat-Trick no BOTAFOGO, este com os pés, apenas. Depois, em ótima saída de bola de Fábio Ferreira, que foi bem, apesar de alguns deslises menores, correu, no contra-ataque, parou, girou, e meteu a bola entre três defensores, para ter certeza que o Jobson, novamente na extrema direita, não ficasse em impedimento. O capeta, o possesso, o furacão, pegou a bola na lateral, correu como um louco, e meteu, outro cruzamento perfeito na medida, de manual de ponta-de-lança, para a alegria geral de São Garrincha, e para o desespero de São Heleno e São Quarentinha, Edno (11), sozinho, desacompanhado, sem ninguém, isoladamente, com todo o tempo e espaço do mundo, na marca da cal do pênalti, chuta no meio, de primeira, para a defesa, agradecida, do bom goleiro do Dragão. Goleiro que logo, porém, teria que encarar o Jobgol frente-a-frente, mano-a-mano, cara-a-cara: num contra-ataque, também de manual, o Mago faz de suas magias, e no limite do impedimento, lança a bola para o Jobson, passe perfeito, milimétrico, exato, para este endiabrado que sabe correr em vertical e em diagonal para escapar dos impedimentos e dos zagueiros, o garoto vai em direção ao gol, ignora solenemente Edno que entrava sozinho e gritava na centro-esquerda - quase que como dissesse: "já te dei um, tá na hora de mostrar como se faz gol!" -, samba, balança, sem tocar na bola, o goleiro treme, Jobson* dá um toquinho pra frente e frente e empurra para as redes, com o goleiro no chão, a la Romário-93 nas eliminatórias para a COPA FIFA USA-94, contra o Uruguai. É bem verdade que perdeu um gol de cabeça incrível - 4º gol desperdiçado pelo BFR, que contra alguns times farão e já fizeram falta -, um gol que outro atacante do time, especialista de área não perderia jamais; mas ele tem crédito, e muito, na verdade, para mim, ele poderia perder um gol deste por jogo, desde que acerte dois cruzamentos daqueles que fez hoje, e se ainda marcar gol, pode até perder mais outro!


Tirante a assistência de peito de Herrera para o gol de Somália, em outra bola cruzada pela direita, o argentino foi muito mal, tanto que fora substituído logo após dar uma assistência, o que normalmente dá sobrevida a alguns jogadores em campo. O 17 matou contra-ataques, não completou ataques. Vinha mal há alguns jogos, enquanto Edno - sempre criticado por mim - vem subindo, constantemente, de produção. Taticamente, acredito que Joel ainda prefira o 17 ao 11 para ter mais presença de área, embora não esteja funcionando tão bem, porque Herrera está mais fora do que dentro dela, mas tecnicamente, Edno esteja bem melhor, em forma, com ritmo. Acreditei que com o gol - de pênalti mal cobrado novamente - ele voltaria a subir de produção, não voltou. Ainda corre muito, ainda briga muito, ainda perde muito a bola, na verdade creio que ainda é titular pelo que fez no CARIOCA-10, que mesmo sendo o cobrador oficial de pênaltis do time - fez 5 gols de penalidade máximas, Abreu só 2 - e jogando mais vezes, foi o vice artilheiro do GLORIOSO na competição. Edno está em melhor condição técnica, mas também perde gols que é brincadeira, deve ganhar a titularidade em cima do argentino, embora pareça a sobra - enorme - do uruguaio sobre os dois, a aura de goleador de Loco Abreu deve pesar muito para que volte ao time depressa.


ADENDO: provavelmente é o único jogador que foi à copa e não voltou ao campo. Joel diz que não está em perfeita forma, igual a quando saíu, mas está em forma suficiente para ser titular da Celeste Olímpica? Acho que aí tem gato! Melhor dizendo, é a desculpa de Joel para matê-lo fora do time e não ter a "dor de cabeça" de ter que tirar Herrera do time, ou mudar o esquema tático para o 4-2-3-1, tirando um dos defensores (preferencialmente Alessandro) para ter a dupla sulamericana na frente novamente. O certo é que, não importa o esquema tático, tem que ter os 4 "pretinhos" do time: JEFFERSON-SOMÁLIA-MAICOSUEL-JOBSON, o resto só completa o prato, é como se diz: monta-se um time ao redor de alguns jogadores.

TÁTICA: Joel fez uma mudança significativa entre o time que venceu o galo mineiro semana passada e o que bateu o dragão goiano hoje: inverteu a posição de Jobson e de Maicosuel. Parece pouco, mas não é. No jogo passado foi visível o crescimento defensivo de Alessandro, jogando com o Caio (18) de ponta-direita à sua frente, correndo a ala inteira. Quando entrou em campo hoje, o menino fez o mesmo taticamente, jogando Jobson para o meio, deslocando Edno para a ponta-esquerda. O que isso acarreta: notemos que TODOS os lances descritos de perigo do BOTAFOGO foram pela direita, onde jogava Jobson*. O Mago, caindo pela esquerda, mas afunilando, afinal era o armador do time, não dava a mesma força na extrema esquerda, e Marcelo Cordeiro estava muito mal hoje, não apoiou direito. Se o Mago armou, criou, correu, driblou, lançou, e se Jobson* correu, driblou, cruzou perfeitamente, o time perdeu justamente o "facão" de Jobson, que caindo pela esquerda, trazendo para o meio, a la Robben, a la Messi - se bem que o 9 GLORIOSO é bem melhor que o 11 holandês -, chutando na marca do semi-círculo da grande área, é sempre um perigo ao gol. Mas que não fez tanta falta assim, porque a dupla 7-9 deu certo de novo. Com as mudanças do 2] tempo, o Botafogo perde a linha de três zagueiros e defende em duas linhas de 4, praticamente um 4-2-2-2, mas que não é um 4-4-2, mas um 4-2-4, como nos anos 60, porém com a volta dos pontas, que jogam quase de alas.


1º ARMAÇÃO DO TIME, ENTRADA DE TODOS OS JOGOS

3-4-2-1: JEFFERSON (1); ANTÔNIO CARLOS (3), FÁBIO FERREIRA (4), LEANDRO GUERREIRO (5); ALESSANDRO (2), MARCELO MATOS (8), SOMÁLIA (10), MARCELO CORDEIRO (6); MAICOSUEL (7), JOBSON (9); HERRERA (17)

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--3----------4------
--------5-----------
2-----8------------6
----------10--------
-------------7------
-9------17----------





2º ARMAÇÃO, TIME QUE TERMINA O JOGO


4-2-1-3: JEFFERSON (1); ANTÔNIO CARLOS (3), FÁBIO FERREIRA (4), LEANDRO GUERREIRO (5); ALESSANDRO (2), FAHEL (14), MARCELO CORDEIRO (6); CAIO (18), MAICOSUEL (7), JOBSON (9), EDNO (11)

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-----3------4-------
2------------------6
-----5--------------
-------------14-----
-------7------------
18--------9-------11






sexta-feira, 13 de agosto de 2010

HAIKAI

No meio do nada, 
              Você procura por tudo. 
Eis da vida o ciclo.

sábado, 7 de agosto de 2010

VITÓRIA GLORIOSA!



O BOTAFOGO apresentou, hoje, o melhor futebol do Brasil. Com uma ofensividade e velocidade que lembra muito o que o alvinegro praiano apresentou entre Março e Abril, e com uma pegada, uma volúpia defensiva tão impressionante quanto vistosa. O BOTAFOGO, até os 30' do 2º tempo, não deixava jogar, como o Barcelona que quando está sem a bola faz marcação avançada, com pressão ininterrupta, com, no mínimo, dois homens em cima do adversário - belíssimo sistema defensivo montado pelo Natalino. E o GLORIOSO não defendia só com os volantes, laterais e zagueiros, mas o Maicosuel e o Jobson também sempre em cima, sempre em cima, sem parar!


O que definiu a partida foi justamente esta pressão, mas principalmente a brutalidade com a qual o BOTAFOGO partia para cima do alvinegro mineiro. Digo brutalidade pois havia sempre uma incinsividade, uma vontade de vencer, de bater, de massacrar o adversário, mas sempre jogando bola - o jogo hoje foi limpo, de poucas faltas, e poucos cartões, muito mais pontuais por uma entrada mais dura e isolada.


O Mago voltou! Voltou para casa. Notadamente estava sem ritmo de jogo, ainda, estava lento, não era o driblador implacável, mas a visão de jogo, e os passes continuam afiados. Um dos seus últimos lances em campo foi uma inversão de bola, da intermediária direita para a ponta-esquerda, nos pés do Marcelo Cordeiro que emendou muito mal o cruzamento de primeira. Mas O MAGO voltou!, e num lampejo de sua magia, dribla dois atleticanos, e no meio de mais uns três pelo menos, assiste PRIMOROSAMENTE Herrera, que chuta mal, Fábio Costa defende pior ainda, e o Mago que não tem nada haver com isso, faz o que lhe é mais característico, como diriam os argentinos, o "toco y voy"! Sempre, quando faz estas jogadas próximas a área, o Mago entra, meio que na surdina, entre os zagueiros, esperando estes rebotes ou um toque do pivô, assim fez alguns gols no Carioca-09!


E por falar em Herrera, o argentino tem estrela, consagrou-se o artilheiro do GLORIOSO, com 5 gols, num pênalti sofrido pelo, ótimo como sempre, Jobson, O POSSESSO. E bateu muito mal, e o Fábio Costa foi pior ainda na bola. Mas o argentino tem estrela, participou, decisivamente dos três gols, batendo o pênalti, dando o chute que acarretou o rebote do gol na belíssima jogada do MAGO, e no gol de Somália, foi a "mano de Dios"!


Somália foi outro monstro, os "pretinhos" do FOGÃO estão demais: JEFFERSON-SOMÁLIA-JOBSON-MAICOSUEL! O seu gol, em outro chute bisonho, corou uma partidaça quase perfeita desse garoto! O "10" - meu Deus, dói nos olhos ver o Somália com este número nas costas, a "10", na minha opinião, deveria ir para o Jobson, ou ficar o Lúcio Flávio mesmo, afinal, o 11 não é cativo do Edno, que é banco - chutou (e provavelmente iria para fora), a bola desvia no antebraço do argentino botafoguense e entra, matando o arqueiro 13 atleticano! Concordo com o Gaciba - muitíssimo bem hoje, correto em 99% -: a câmera focalizou bem o juiz, quando este disse para o Diego Souza: "a bola BATEU no braço dele!" Isto mesmo, o Herrera estava no chão e de costas, usando os braços para se levantar, quando viu a bola vindo, tentou tirar o braço, mas não deu tempo: "bola na mão" clássico, pois a lei do futebol não fala da importância do toque, mas se foi intencional ou não. O Argentino foi inteligente também, logo depois de a bola bater nele, levantar os braços, avisando a falta de intenção, e depois sair comemorando o gol como do Somália, se comemorasse como dele, indicaria a intenção de desviar para o gol.


Joel mexeu muitíssimo bem hoje, na verdade montou um time quase perfeito, eu só trocaria o Herrera pelo Abreu e o Alessandro pelo Somália, com isso surgiria mais um espaço no meio ou no ataque. Alessandro, como de costume, foi um dos mais criticados por mim no primeiro tempo e no começo do segundo, eu pedia insistentemente a entrado do Abreu em seu lugar. Com a saída do Marcelo Matos para a entrada de Caio, o time continuou bem - menino jogou muito bem hoje, tanto ofensivamente, com muita movimentação, quanto defensivamente, apresentando-se sempre lá atrás! -, mas quem cresceu com a mudança foi Alessandro, que se tornou uma fera lá atrás, um verdadeiro leão de chácara limpando tudo: sem a obrigação de apoiar, que passou a ser função de Caio, e talvez o medo de ir pro banco fizeram dele um verdadeiro bastião na defesa. Com o cansasso, do ainda fora de ritmo Maicosuel, e a entrada do Abreu, mais para fazer uma média do que relmente fazer alguma coisa, pois o time já não atacava e os ninguém ter acertado um único cruzamento no jogo de hoje, fez com que o time levasse sufoco. Edno, que não foi tão bem como nos últimos jogos, ficou na posição de Maicosuel, para criar as jogadas, como não conseguiu desempenhar a função, o time recuou demais, o que foi o maior erro dos jogos anteriores, deixou o adversário crescer, e teve 1 único chute perigoso contra a sua meta, o que foi rechaçada perfeitamente por JEFFERSON, que provou, mais uma vez porquê é seleção - não é todo goleiro que pega uma bola daquela. Em outro lance, um gol certo do Ricardinho se não fosse a trave.



Taticamente, o BOTAFOGO jogou com um esquema que variava entre o 3-5-2 (na verdade um 3-4-2-1) eo 4-3-2-1, com o Leandro Guerreiro fazendo um líbero, um pouco à frente da zaga, com os laterais bem atrás, defensivamente, mas no momento do ataque, ficava preso, praticamente um zagueiro, para os laterais apoiarem com vontade. Somália apoiava muito pela esquerda, Marcelo Matos ficava mais preso, mas com o bom passe, ajudou muito o time ofensivamente. Com a saída de um volante - Marcelo Matos - para a entrada de um ponta, Alessandro ficou preso pela direita. Herrera ficava mais na frente, embora, por caracterísitca própria, não fique preso, Jobson bem aberto pela esquerda, Maicosuel aberto pela direita, como dois pontas, e muitas vezes, os dois invertiam a posição para donfundir o adversário.


O time mineiro jogou num 4-2-2-2, com Diego Souza armando sozinho, pois Serginho foi apagado no jogo - sua única boa jogada foi, devidamente, morta pelo Jefferson -. A entrada de Ricardinho melhorou muito o time atleticano, pois ajudou a armação, quase fazendo um golaço, sendo o BOTAFOGO salvo pela trave. Obina fixo no ataque, e o Tardelli flutuando pelos dois lados - jogou muito, mostrou porque foi pra seleção, logo, logo, será o Jobson! -.

1º TEMPO:
















2º TEMPO, 1ºS MUDANÇAS:

















2º TEMPO, ÚLTIMAS MUDANÇAS:

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Só um adendo pra quem chamava o Engenhão de "Vazião", talvez o maior público do Brasileirão hoje, mais de 24 mil pagantes, e mais de 27 mil presentes, para presenciar o jogo do melhor ataque do Brasileirão-10, que só perderá o posto se o Corínitans ou o Avaí fizerem 3 ou mais gols nos seus jogos neste domingo.




quinta-feira, 5 de agosto de 2010

RÁPIDAS NOTAS DO JOGO INTER X SÃO PAULO

Por que o Internacional de Porto Alegre venceu? Porque agiu com inteligência de jogar com o regulamento, sabendo que não se ganha ou se perde em casa ou fora, mas jogando 180 minutos de futebol - ao contrário da maioria, acredito que tem mais vantagem jogar em casa primeiro, pois joga a responsabilidade do resultado para o adversário em seu próprio terreno, e muitos times não aguentam a pressão!-
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Por que o Internacional de Porto Alegre venceu? Porque teve técnica para arrancar 1 gol da retranca “gomética” do São Paulo da semana passada, defender bem e arrancar mais 1 gol salvador hoje!
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Porque teve RAÇA para segurar, com 1 homem a menos, e levando bolas sempre pelo setor vazio (o direito), desarmando sempre “na limpa” no momento em que os meias são paulinos insistiam em fazer o último passe quase sempre ao lado da pequena área.
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Venceu quem e porque mereceu: venceu quem foi mais time, quem foi mais inteligente, quem foi mais maduro e valente, quem atacou mais e se defendeu melhor.
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O São Paulo não teve forças – ou coragem – de buscar o resultado ou o gol qualificado lá em Porto Alegre.
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O Inter, por sua vez, teve gana de FAZER a classificação sem se entregar, nem ficar o tempo todo atrás – o que só ocorreu efetivamente após a expulsão (JUSTÍSSIMA, diga-se de passagem, apesar de MUITO BURRA!) do Tinga -.
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Alguns vivem reclamando do gol qualificado, mas é ele que impede que times que joguem fora retrancados - como o São Paulo - sejam campeões sobre times que buscaram o resultado nos dois jogos - como o Inter -. O empate nesta semifinal - o resultado final foi 2x2 - premiou aquele que brigou longe de seus domínios.
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Ricardo Gomes mexeu tarde, com medo de perder retranca, Roth deu valentia e brio à sua equipe. Ao contrário do que muitos venham a falar, não acredito que o São Paulo perdeu a classificação no jogo no Rio Grande, ele perdeu porque levou um gol em sua freguesia, enquanto não teve HOMBRIDADE de buscar, lutar, tentar fazer o gol longe, é o time que só faz gol debaixo da asa dos seu torcedores.
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Venceu o Inter de Porto Alegre, porque assumiu o manto do vencedor, não do resultado!
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Abraços!

1º DEBATE BAND!!!!

1. Plínio foi o melhor em sua proposta, veio de metralhadora e não deixou saldo de vivos ou feridos, todos foram metralhados, inclusive ele também! Tinha toda a razão de se sentir injustiçado, era o "café-com-leite" da turma, ninguém dava muita bola não. Com proposta e plataforma coerentes, deve sair do 0 e ser o "candidato do contra" a la Eneias Carneiro, só que "diamentralmente oposto" - para me manter em sua fala - da extrema direita do finado médico/candidato à extrema esquerda.

2. Marina Silva veio como jogadora de volei de praia, suas perguntas eram passes para que o concorrente levantasse a bola para ela que finalizava!!!! A que veio, aparentemente mais preparada. Minha impressão é que elaborou mini-discursos de 1 minuto cada, e, de acordo com cada um dos debatedores, ela formulava a pergunta previamente calculada para poder fazer o seu discursozinho pronto, resultado, não escorregou nenhuma vez no tomate enquanto ela tinha a iniciativa, e como "ninguém" mirou nela (o Plínio não conta, pois 1. Plínio mirou em todo mundo; 2. Plínio estava meio que sobrando ali! ninguém se importava muito com ele, falavam com o senhorzinho meio com que indignação pela presença!), saíu meio que incólume, capaz de ganhar mais uns pontinhos de pesquisa, mas como não passa de 10%, acho difícil que ela e o Plínio forcem um segundo turno.
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3. A minha dúvida: separar ou não separar a Dilma e o Serra em dois tópicos diferentes, eram tão iguais... Se a Marina foi uma jogadora de volei de praia, onde quem faz o passe, obrigatoriamente recebe o levantamento da bola, entre os dois polarizadores da campanha parecia jogo de volei de quadra à beira do set point, todo mundo levantava na bola de segurança e ninguém sacava forçado, por medo de ceder o ponto ao adversário!
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4. Dilma realmente sentiu o peso de NUNCA ter concorrido, gaguejava, olhava para o adversário ao invés da câmara (ei, moça, é pra nós, os telespectadores/eleitores que a senhora estar a falar!!!), e era praticamente a única que precisava ser cortada pelo mediador - ou ter os microfones desligados para ser calada!!! Quase vergonhoso -; além de ter ido buscar um dado em papéis de assessores DOIS BLOCOS DEPOIS DA PERGUNTA - questão sobre a APAE (ei, moça, os dados têm que estar na cachola ou deixa pra lá!). Todavia, era, em termos programáticos a mais fundamentada, pois era a única que podia falar em continuidade sem parecer "entortada" ideologicamente! Taticamente: "EU SOU O LULA+4".
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5. Serra sempre foi e sempre será a máquina, o rolo compressor com sorriso de nosferatu em filme noir/expressionista!!!!!! Voltou com o velho discurso: "Não se governa olhando o retrovisor, mas olhando para frente!" O que acho disso: 1. Aprendi, ainda meninote, que "aquele que esquece a História está fadado a repeti-la!" 2. Parece desculpa para não trazer a discussão temas que não lhe agrade, pois quando lhe é pertinente relembra rapidamente do "plano real" (alguém tem que avisar ao PSDB que o real é do ITAMAR, do ITAMAR, do ITAMAR), a "lei de responsabilidade fiscal", dos "bolsas-que-precederam-o-bolsa-família", dos "genéricos", dos "multirões da saúde", do "programa de combate a AIDS", etc. etc. etc. Ora, Serra, se vossa senhoria não olha o retrovisor, deveria deixar para trás TUDO ISSO, e o senhor não teria nada a mostrar para o público. Então o Serra continua sendo o demagogo dos demagogos, o retrovisor dele só focaliza a mão, não o punho!!!! Faça-me o favor. Programaticamante, como todos os outros, não apresentou nada, é a continuidade da continuidade, isto é, em seu discurso, TUDO DE BOM que o Lula fez foi continuidade FHC, TUDO DE RUIM é do Lula mesmo, assim ele seria a continuidade do que é bom, i.e. FHC, sem continuar o ruim, leia-se PT! De frente às câmeras foi sempre, e será sempre, o mais seguro: macaco rodado de eleições e debates, eu já esperava uma surra cênica, o que realmente ocorreu, como o bom e grande demagogo que é. Serra foi um rolo compressor com sorriso vampírico, misturando o retrovisor focal dele, com a capacidade de ser a continuidade que NÃO É CONTINUIDADE, conseguiu manipular soberbamente a câmera!
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6. Boechat: MEU DEUS, O QUE FOI AQUILO?!!! Braços cruzados, mão no queixo, completo descompromisso e atitude desleixada, estava ali para não levar "falta" e ter o dinheirinho diminiuído no fim do mês: foi hilário, pior, foi ridículo! Me diverti com ele: estava nem aí, não se importou com o aqui, tampouco foi pra lá! Mitre, como chefe e como o mais interessado - e sempre empolgado com - nos debates, deveria ter feito e capitaniado a mesa redonda! E em falar nisso, que mesa redonda nada: PÉSSIMO DEBATE, cada vez pior, mais preguiçoso, mais fraco. Mitre fez a apologia do debate: "24 confrontos diretos". Não, não foram, sr. Fernando, foram 24 confrontos semi-indiretos. Não teve área temática para que houvesse demonstração de propostas concretas, não teve olho no olho, como: este bloco Marina questiona Plínio e Serra a Dilma e vice-versa, próximo bloco Marina pega o Serra e o Plínio a Dilma (tudo no bom sentido e no maior respeito [:)]), daí Marina e Dilma e Serra e Plínio; assim, um contra o outro, o que é tu pensas, o que é que tu queres! Pronto, simples assim! Nota 0 pra Band, para não precisar dar ponto negativo!!!!! A emissora que tem a MAIOR TRADIÇÃO de debates no BRASIL está caindo de produção, e colocando o Boechat(o) pra fazer as honras da casa piora ainda. Melhor, vou dar 5 pra Band, pois o debate foi tão chato, tão chato, mas tão chato - a não ser nas horas que eu ria das atitudes do Boechat(o) - que deu pra ver o jogo - bem mais ou menos, como todo o futebol brasileiro - do Inter x SP - mas para os padrões atuais de nossa pelota, até que foi um jogão, comento o jogo no próximo texto! -.
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Com isso inicia-se, OFICIALMENTE, as eleições, e que vença o melhor - na verdade, vence quem seduz mais o povo, não necessariamente o mais preparado vide Fernando Collor de Mello!

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

PARABÉNS AO SANTOS, CAMPEÃO NACIONAL!

O Santos é o campeão moral do futebol bonito, muito mais do que o belo futebol espanhol de posse de bola, passe preciso, lentidão, poucos gols, e vigor ofensivo.

O bom de ver no Santos é a sanha matadora, é a vontade de bataer, de bater, de bater, como um boxer que se assanha ao ver sangue, que vai pra cima mais e mais, afim de machucar, machucar e machucar, de fazer doer.

O Santos, do primeiro semestre, é um time que jogava para massacrar, que só se sentia em paz de espírito quando via o adversário totalmente batido na lona.

Mas ao contrário de um lutador de ringue, o que move, ou moveu, este time do Santos não foi a fúria sanguinária de um pugilista, o que move este time do Santos foi a alegria, pueril, de ver uma bola rolar num campo, de afundar-se no fundo da trama branca de uma rede, uma rede branca, que no lamaçal deste Barradão, esteve, mais do nunca, alvinegra.

HAIKAI FUTEBOLÍSTICOS

9. O centravante é
Quem acredita na bola
Não quem crê na sorte.

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5. O volante gira
Roda e marca e passa e briga:
Pedreiro da bola.

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1. Acrobata aéreo!
Goleiro, o baluarte último!
Glória em sua mão!


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depois escrevo mais, 1 haikai por cada 1 das
7 posições do futebol (1. goleiro, 2. lateral,
3. zagueiro, 5. volante, 7. ponta, 10. meia,
9. centro-avante) e eles vão publicados na ordem
que vão saindo!

HAIKAI

O rei é uma ilha: 
            É cercado de traíras 
Por todos os lados.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

GERALDO ALCKMIn FOGE DE ENTREVISTA SOBRE O PCC

Retirado do blog do Paulo Henrique Amorim: Geraldo Alckmin foge do debate com entrevistadora britânica e não assume responsabilidade pelo que (não) fez nos 6 anos que governou São Paulo e pelos outros 6 em que foi o vice-governador.

o despreparo é tão grande que ele se aborrece e foge, rispidamente, da entrevista, veja no vídeo abaixo:

http://www.youtube.com/watch?v=L4I70lwo2Gg&feature=player_embedded

domingo, 1 de agosto de 2010

JOBSON, O NOVO POSSESSO DO GLORIOSO FR

Em quatro minutos, nós, o botafoguense, fomos da indignação à euforia, à decepção e à euforia novamente. Em quatro minutos, nós estávamos de frente a um outro empate, à indignação de ver o time não ganhar de novo, mas desta vez sem jogar bem. Até que Jobson, que até então só esbarrara nos zagueiros e entrara em impedimento, puxa três, isso mesmo, três defensores, deixa a área totalmente vazia, balança, roda, gira, puxa, passa, encontra Edno sozinho para fuzilar num belíssimo voleio.

Foi um grito de gol engasgado, saído de fundo, que não saíu de uma bola parada, nem foi de cabeça, era o BOTAFOGO mostrando o seu novo recurso, que é o drible, que é a velocidade, que é a qualidade mágica do endiabrado Jobson ali na frente, que corre, que dribla, que não desanima, que chuta mal, mas chuta, que busca o gol.

Mal acabamos de gritar e passamos a mão na cabeça, desesperados, era o gol do Vitória. Provavelmente o time parece ter se aliviado tanto que marcou bobeira lá atrás, e deixou Renato, o mesmo do ano passado, que alguns jogo jogava bem e outros não fazia nada, e parece ter entrado com vontade, com raiva do time que o dispensou, enquanto acreditava que fizera por merecer continuar na equipe - eu, sinceramente, prefiro o novo Renato do time, o Cajá -, cruzar na cabeça do alto e bom atacante Júnior.

Decepcionado, angustiado, mal aguentava olhar para o jogo, acabei não vendo o passe (ou foi um chute para o gol?) do Marcelo Cordeiro, para o toquinho de qualidade, o "totó" de Jobson, de canhotinha, que pela primeira vez não entrava em impedimento, e fuzilava, com delicadeza, o viáfara. Foi uma euforia maior ainda, é a demonstração da "grande força de recuperação" que o time mostrou nos útlimos dois jogos contra o alviverde ítalo-brasileiro e o tricolor das laranjeiras, só que pela primeira vez não corríamos atrás do marcador, mas para voltar à frente. E com isto, com a 3º assistência que o Marcelo faz em 3 jogos (2 contra o alviverde ítalo-brasileiro, 0 contra o tricolor das laranjeiras e 1 agora, contra o rubro-negro baiano).

Quando parecia tudo pronto para acabarmos e ir embora, 49' do 2º tempo, Jobson encara novamente três zagueiros, trás para direita, puxa para esquerda e manda um petardo, e desta vez fuzila com violência Viáfara, pobre goleiro, ter que enfrentar o GLORIOSO que quer voltar a ser O GLORIOSO, com este endiabrado, este possesso Jobson, para rememorar do homem que "apenas" substituiu Pelé, Amarildo, e ajudou a Garrincha e a trazer a copa de Chile-62 para o BOTAF..., ôpa, para o Brasil! Fica difícil dizer que não fez chuver, porque caía um pé d'água em campo e ele driblando, e ele correndo, e ele enfernizando a defesa baiana.

Quanto a estreia do Mago, foi bem, principalmente porque estava visivelmente sem ritmo de jogo, mas o que mais o prejudicou foi a condição do campo, que impedia o desenvolvimento do seu futebol, principalmente onde mais joga, saindo do meio em direção à ponta-esquerda, mas ainda tem crédito, pois fez uma maravilhosa jogada pela ponta-direita e serviu direitinho Jobson, que na falta de um cacoete de matador - volta IMEDIATAMENTE, Loco Abreu - não conseguiu chegar na bola - ali ou o 9 deveria ir em direção ao companheiro, para imendar de primeira para o lado, na saída do goleiro, como o júnior fez nol primeiro tempo contra o BOTAFOGO, ou, o que na minha opinião era o melhor para esta situação, deveria dar dois passes para o lado, distanciando-se do marcador, e ficando livre para matar a bola e arremeter para o gol -.

O Edno fez as últimas três melhores partidas como as melhores de sua passagem até aqui pelo FOGÃO, marcando um belíssimo gol, e dando um toque de ponta esquerda para trás, que assim como na jogada anterior do primeiro tempo entre Mago-Jobson, faltou ao 9 e ao 7, o tresjeito de matador, para acompanhar a bola até o fim e finalizar.

Vale lembrar que novamente o BOTAFOGO só jogou bola quando Joel botou o time para frente, saindo do 3-5-2 para ir para o 4-(2-3)-1. Saindo Lúcio Flávio e Herrera (os dois, novamente, muito mal no jogo) para a entrada de Edno-11 e Caio-9, que deram mobilidade e vontade à frente, com Edno fazendo novamente o homem mais de área, com fez no último jogo, desta forma, o 11 está se tornando o reserva imediato de Loco Abreu.

O lado bom desta mudança que Joel está fazendo todos os jogos - mudando o time de 3-5-2 para 4-3-3 - e que SEMPRE surte efeito, foi que o nosso treinador não esperou ESTAR PERDENDO O JOGO PARA IR PARA CIMA. Com a linha de três homens do meio que atacam e com apenas um na frente de referência, o time passa a pressionar na frente, ganha mais força e deixa de levar sufoco. As única chances do rubro-negro baiano foi num escanteio, que Renato desperdiçou cabeciando com muita raiva para o chão, e lance do gol, num descuido coletivo do time, o que prova que defensividade não é 5 zagueiros e 5 volantes, mas disciplina, posicionamento, e posse de bola - se você tem a bola, logicamente não leva o gol -.

O time passou a jogar assim: 1º formação: 1. JEFFERSON; 8. FAHEL, 3. ANTÔNIO CARLOS, 4. FÁBIO FERREIRA; 2. ALESSANDRO, 5. LEANDRO GUERREIRO, 6. MARCELO CORDEIRO, 10. LÚCIO FLÁVIO, 7. MAICOSUEL; 9. JOBSON, 17. HERRERA.
------------------1------------------
------8-----------3--------4---------
---------------------5---------------
2-------------10--------------------6
-----------------------7-------------
------17-------------------9---------

O time estava bem compactado e aberto, para escapar das poças de lama na intermediária, e permitindo a entrada do Mago pelo meio dentro da área, Lúcio Flávio jogou de segundo-volante, fez até alguns desarmes, mas esteve muito sumido, continuo acreditando no Renato Cajá-16 no lugar do Lúcio, deve jogar quem está melhor.


Aos 9' minutos do 2º tempo, Joel mudou e botou o time para dentro do time baiano, o crescimento foi de quase 100%. Assim, Fahel foi fazer o 2º volante, jogando mais à frente, na posição do 10, podendo chegar na boca da grande área para bater, e de onde recebeu uma bola açucarada, e não matou o goleiro viáfara por pura ruindade, pois estava sozinho, de frente e em leve diagonal, com a bola parada em sua frente, e com tempo de respirar e escolher o canto: conseguiu o mais difícil, pois para fora e QUEBROU A CÂMERA!
------------------1------------------
----------3--------------4-----------
2-----------------------------------6
---------------------5---------------
------------8------------------------
--18-------------7----------------9--
-------------------11----------------

Foi então que Maicosuel cansou, faltou, realmente, ritmo de jogo para ele. Eu, sinceramente esperava que Joel trocasse seis por meia-dúzia, mas o velho Papai Natalino deixou o time um pouco mais defensivo, trocando um meia-atacante por um volante de marcação, Marcelo Matos-15, mudando o time para o 4-(3-2)-1. Finalmente o time fez os 3 gols - levou 1, mas, ao meu ver, foi mais pelo relaxamente natural de finalmente, depois de tantas rodadas, não estar atrás do placar -, só que foram dois de lançamentos longos para o Jobson, resolver pela esquerda, e o segundo de uma jogada do lateral, e isto significa que o time deixou de ter as jogadas de aproximação e criação. O meu medo é que esta vitória fassa o Joel preferir por este tipo de formação tática - 4-3-3 com o 3 volantes atrás - ao invés de uma formação mais veloz - o 4-3-3 com o meia-criativo em campo, que toca e se aproxima da área -. O time ficou assim:
------------------1------------------
----------3--------------4-----------
2-----------------------------------6
------------------5------------------
------------8---------15-------------
--18------------------------------9--
-------------------11----------------

Infelizmente o Abreu volta, e digo infelizmente, porque, mesmo o time sendo dependente dele - se tivesse em campo PODERIA ter arrematado aqueles dois lances que descrevi do Mago e do Edno -, e num jogo como o de hoje, no qula a velocidade e a qualidade técnica dos nossos atacantes ficaram prejudicados por causa da lama e a jogada aérea é a melhor saída, digo infelizmente porque sei que o Jobson sai do time, pois o Joel não começaria com ele, e o Herrera tem o estadual à favor, todavia, neste campeonato brasileiro o Herrera tem 4 gols em 10 jogos (salvo engano ficou de fora só de 2 jogos, expulso contra o Goiás não enfrentou o Cruzeiro, e por 3 amarelos não enfrentou o Guarani). Jobson, por sua vez, em 5 partidas tem 3 gols e 1 assistência, além do fato de ter se tornado titular nos últimos 3 jogos, isto é, como titular o Possesso fez as suas estatísticas. Fico eu na torcida do 4-(2-3)-1 com uma linha de 3 formada por JOBSON-MAGO-HERRERA e o LOCO ABREU fixo na área, que, como disse na última vez, tem tudo para ser uma das melhores do Brasil, quiçá, A melhor!