João da Cruz
Minha Amada, o Vento.
Não te ires de mim, Tornado,
Tua fúria há derrubado
Tudo e te preciso dentro
Do meu ser enamorado.
O meu corpo, Flauta.
Vento, Amada, cante em mim
A tua música cauta
Na imprudência minha. Nauta
De teus reveses sem fim
Estou perdido pirata.
Te encontro em todas as Sinas.
Tu és o Sol, és o Tempo,
Luz sozinha das esquinas,
Guia das minhas retinas:
Minha Amada, o Vento.