sábado, 30 de outubro de 2010

O QUE O LOCO ABREU PODE ENSINAR DE FUTEBOL

Na vitória de hoje do BOTAFOGO DE FUTEBOL E REGATAS sobre o Galo Mineiro o que mais me assusta é que este time do Botafogo pode, sim, ser campeão jogando deste jeito. E se perguntarem, e daí? O que há de mal em ser campeão? O que há de bom em ter um time que joga bonito como o de 07 e perder tudo e o que há de mal em ter um time que joga feio em 08 e ganhar tudo? Penso justamente o contrário, isto é um retrocesso, prefiro ser campeão jogando como os times espanhóis de Mourinho e Guardiola, do que chegar perto jogando como Muricy. Mas isto às favas, o que os 3 pontos tem a ver com isto?
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O que tem a ver é que, com o futebol apresentado, NADA GARANTE TÍTULO OU LIBERTADORES, pelo contrário, e num caso de libertadores, e a permanência de Joel e certos jogadores, provavelmente continuaremos sem ganhar um jogo internacional fora do Brasil desde 1996 – o Teresa Herrera -, ou 1993 – Conmebol, atual Sulamericana, que é “oficial”.
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Outrossim, marcação implacável e forte atrás, e velocidade nos ataques pelas extremas, são uns dos segredos para sagrar-se campeão sulamericano– embora não garanta o título mundial.
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Mas há esperança. No 2º tempo, Joel assumiu o 3-4-3, em detrimento ao 3-4-1-2, que iniciou a partida e novamente foi feliz. Edno entrou no lugar de Lúcio Flávio – que até procurou jogo no primeiro tempo, e jogou bastante, embora não tenha sido efetivo, mas no segundo simplesmente sumiu –, e diferentemente das últimas 3 partidas que fez, esta foi muito bem, mais em virtude do que fez o Loco, do que ao seu próprio desempenho – na entrada em campo se enrolou muitas vezes com a bola –.
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Defensivamente, no segundo tempo, Joel recuou o seu primeiro volante, Marcelo Mattos, para a zaga, fechou o time em duas linhas, praticamente dentro da área, e recuava os atacantes, o último homem na frente era Jobson, por isso mesmo muito apagado – Joel deveria assistir aos jogos do Real Madrid e vê o que Mourinho fez com o C. Ronaldo, o que se aplica a um pode-se muito bem ser aplicado ao outro, Mourinho deveria fazer escola, não o Muricy –. Com tanta gente na frente da área, o jeito era o chuveirinho, haja vista que a linha de fundo também era impossível, pois dois homens impediam a progressão pelas extremidades – Alessandro e Marcelo pela direita, Somália, de ala hoje, e Márcio pela esquerda –. Em tese o chuveirinho favorece os defensores do BFR, especialistas em jogadas aéreas. Mesmo com todo o congestionamento à frente da meta, e da qualidade aérea dos vários jogadores, os atacantes do alvinegro mineiro conseguiram entrar algumas vezes em diagonal da área do Botafogo – algo que preocupa, já que Joel escolhe se defender com QUANTIDADE de defensores, ao invés de QUALIDADE de posse de bola –.
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Já Edno entrou, no segundo tempo, como um ponta de lança clássico – um atacante recuado que parte para a área vindo de trás – ora caindo pelo centro, ora caindo pela esquerda. No primeiro tempo, o Lúcio Flávio também flutuava entre o meio e uma ala, mas não surtia efeito porque tencionava passe em profundidade para o Jobson, que posicionado erradamente pelo Joel, muito à frente – até mais á frente do que o Abreu, que deveria ser o último homem –, não funcionava. Não à toa, o único lance brilhante de Jobson, foi, perto de sair de campo, recebeu na extrema esquerda, pedalou, livrou um, dois zagueiros e bateu pro gol, meio fraquinho, poderia ter cruzado.
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As enfiadas de bola só foram funcionar após a saída de Jobson, aí Abreu assumiu o posto lá na frente, e pode arquitetar as jogadas de gol junto ao Edno porque PARTIA EM DIAGONAL, evitando, assim, tanto o impedimento quanto a marcação.
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No primeiro grande momento de Edno no jogo, conduzindo a bola pelo centro, entre os zagueiros percebeu Abreu passando livre pela meia-esquerda, mandou uma boa bola, um pouco atrás, Abreu mata no peito, coloca-a no devido lugar, avança em velocidade, levanta a cabeça, espera o goleiro se decidir, e toca no meio, para Edno que já se apresentava e só tem o trabalho de empurrar pras redes – note-se que Jobson já estava em impedimento, e quase invalidou o gol, se tivesse tocado na bola –. O gol animou Edno, que começou a dar dribles e partir em velocidade contra o adversário.
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Numa dessas arrancadas, percebe de longe a movimentação em diagonal do Abreu – que imediatamente corre da meia-direita para a meia-esquerda quando percebe esta zona livre e a localização privilegiada do companheiro na lateral esquerda –, que passa, livre de impedimento, na frente de seu zagueiro marcador, nas costas dos volantes e dos outros zagueiros, e numa velocidade incrível recebe na frente a bola esticada. A primeira reação do matador, é levantar a cabeça pra área para perceber se vinha um companheiro melhor qualificado para finalizar sem goleiro. Sem esta opção, el Loco justifica o seu nome e desacelera, o zagueiro se aproxima perigosamente, o goleiro sai. É esta a opção que el 13 dá à Renan: ou fica no gol e é fuzilado, ou sai e é driblado. Renan sai. El Loco nem vai de A nem de B. El Loco, mostrando porque é mortal na área, frio e temerário diante do goleiro, comete outra cavadinha, agora com a bola em movimento, encobre Renan e faz um dos gols mais bonitos da rodada – o primeiro de Conca fica com a medalha desta vez –.
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El Loco cala, novamente os críticos, que diz que não tem técnica – se não tem como é que dá um toque destes, tão calculado, ao invés de uma pancada certeira –, cala quem diz que não tem velocidade – afinal seu gol e sua assistência nasceram do que aquelas enormes pernas podem produzir de passadas –, e dá uma lição para os seus companheiros.
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Mesmo estando em posição privilegiada nos dois lances do gol, Abreu procura primeiro por um companheiro, levantando a cabeça, depois procura o gol, e mesmo assim Loco Abreu é artilheiro: artilheiro e jogador do e pelo time. É uma lição para os Caios, os Somálias, os Herreras, e os Jobsons – que por sinal esteve péssimo hoje, e foi devidamente substituído pelo Caio, que até se apresentou melhor do que de costume, pois não foi obrigado a jogar de ala – da vida: antes do arremate, levante a cabeça e pense primeiro no grupo, não no golaço ou nas suas estatísticas, é assim que se faz um ídolo e um craque.
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DESENHO TÁTICO, ONDE: JÉFFERSON 1, ALESSANDRO 2, DANNY MORAES 3, MÁRCIO ROSÁRIO 4, LEANDRO GUERREIRO 5, FAHEL 6, SOMÁLIA 7, MARCELO MATTOS 8, JOBSON 9, LÚCIO FLÁVIO 10, EDNO 11, LOCO ABREU 13, CAIO 18.
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1º tempo: o velho 3-4-1-2 ineficiente de Joel, esquema que trava a qualidade de passe de Lúcio Flávio, obrigando-o a conduzir demais a bola, e, principalmente, correr:
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2---------8-----------6---------7
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2º Tempo: algo em torno do 3-4-3 e do 4-3-3.
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2----------------6----------------7
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Só um aviso a todos: NO FUTEBOL, GANHA QUEM FAZ MAIS GOLS, QUEM NÃO LEVA SÓ EMPATA!
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P.S.: gente, mil desculpas, voltei a desenhar os esquemas nos “tracinhos” porque a minha demo do tatical pad expirou e o site da clansoft só apresenta comercial, nem para baixar outra demo ou para comprar o programa...

domingo, 24 de outubro de 2010

Por que Lúcio Flávio trava o Botafogo

texto escrito por André Rocha, no seu blog "olho tático", de quem sou fiel seguidor, pode-se encontrar o texto na íntegra neste sítio: http://globoesporte.globo.com/platb/olhotatico/2010/10/24/por-que-lucio-flavio-trava-o-botafogo/

Quando o Botafogo confirmou a contratação da dupla Jóbson e Maicosuel em agosto, este blogueiro postou uma sugestão de escalação alvinegra no 4-2-3-1. Choveram críticas de leitores pela presença de Lúcio Flávio entre os titulares.

À época, a defesa do aproveitamento do meia na articulação central se baseava na capacidade de fazer os companheiros girarem e se apresentarem ao ataque com seu toque simples e boa visão periférica. Lúcio seria o homem das bolas paradas e também do passe fácil para tabelas e ultrapassagens que compensaria a já conhecida lentidão.

O Botafogo se aprumou com a manutenção do 3-4-1-2 que ganhou poder de marcação no meio-campo com a chegada de Marcelo Mattos e velocidade alucinante com Maicosuel na ligação e Jóbson na frente ao lado de Herrera. Mas quando o time embalou e Joel começava a encontrar uma fórmula que garantisse forte pegada e combinasse rapidez com a bola no chão e as jogadas aéreas para Abreu, as sérias contusões de Marcelo Mattos e Maicosuel (joelho esquerdo) e os “problemas pessoais” de Jóbson minaram as forças da equipe.

O treinador, então, se viu obrigado a resgatar a estratégia e a base da formação que funcionaram na conquista do Estadual, mas limitam demais as ações ofensivas: alas mais espetados e muitos centros procurando Abreu e Herrera.

As entradas de Caio, Edno e Renato Cajá no segundo tempo costumam dar mais rapidez ao ataque – mesmo quando a revelação alvinegra ia para a ala direita, numa estranha improvisação de Joel que nada acrescentou e ainda criou uma relação tensa entre Caio e a torcida. No entanto, a presença de Fahel no meio-campo não mantinha a combatividade e prejudicava a saída de bola, despertando a ira do torcedor. E a impaciência pelos nove jogos sem vitória teria que atingir também o perseguido Lúcio Flávio.

O antigo titular e substituto de Maicosuel tem dificuldades para se adaptar ao esquema de Joel porque é notório que um meia que cadencia o jogo precisa de jogadores que deem opção, que ultrapassem para que o seu passe acelere o jogo, ainda que ele caminhe pelo gramado. Sem comparações, obviamente, era o que fazia Zidane e o que faz Xavi Hernández e Paulo Henrique Ganso com maestria e Douglas com correção e inteligência no Corinthians e agora no Grêmio. É o facilitador.

Por isso Lúcio viveu sua melhor fase em 2007, com Cuca. No 3-4-3 móvel que chegou a ser chamado de “Carrossel”, o meia tinha companheiros em constante movimentação: Túlio e Joílson pela direita e Jorge Henrique à esquerda procurando as combinações e Zé Roberto e Dodô recuando para fazer as tabelas. Um jogo mais técnico que encontrava eco no estilo do então camisa onze.



No 3-4-3 móvel de Cuca em 2007, Lúcio Flávio encontrava companhia para as tabelas e opções para os lançamentos.

A questão é que o Botafogo atual só tem troca de passes e progressão em velocidade em torno de Lúcio Flávio pelo centro com os volantes Somália e Marcelo Mattos, este de volta à equipe. Os alas já esperam o lançamento bem abertos e avançados e os atacantes se mandam para a área em busca dos cruzamentos. Resultado: o camisa dez tem um espaço grande demais para ocupar e seu trabalho exige dribles e velocidade para fazer a bola chegar à frente. Não funciona.

Por isso as vaias, mesmo com o suado triunfo sobre o Vitória no Engenhão por 1 a 0 que acabou com jejum e colocou o time temporariamente na zona de classificação para a Libertadores. Nem nas bolas paradas, seu grande trunfo, ele conseguiu se destacar. Foi de Marcelo Cordeiro a cobrança de falta que decidiu a partida. E o chute partiu do lado esquerdo, que pede um destro calibrado. Lúcio Flávio só ajeitou a bola.

Não por acaso o meia não está entre os cinco principais passadores e lançadores da equipe. Seu único fundamento de destaque é o cruzamento, com 17 centros. E ele é apenas o terceiro. Atrás de Alessandro e Marcelo Cordeiro, obviamente.




No triunfo sofrido sobre o Vitória, o 3-4-1-2 de Joel novamente prejudicou Lúcio Flávio, que precisa correr com a bola e só encontra nos volantes parcerias para as tabelas.

Na entrevista pós-jogo, ainda no gramado e abalado pelos apupos, Lúcio deu a entender que deixa o Botafogo no final da temporada. A decisão parece acertada porque as críticas já se transformaram em implicância de boa parte da torcida. A manutenção de Joel Santana no comando técnico também sugere sua saída, já que o esquema necessita de um meia mais dinâmico e incisivo para fazer a bola chegar aos atacantes. E o jogador também não faz muito para mudar a situação.

O fato é que o Botafogo atrapalha Lúcio Flávio. E ele trava o jogo alvinegro. A validade da parceria do jogador de 31 anos com o clube expirou. É hora de mudar de ares.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

A QUEDA TÁTICA E ESTRATÉGICA DE JOEL NO COMANDO DO BFR

Averiguando o que houve com o time do BOTAFOGO no último mês de setembro, entre o período de lesão de Marcelo Mattos, na última vitória alvinegra por 2x0 sobre o tricolor paulista até o seu retorno – ainda fora de forma – no empate sem gols contra o tricolor carioca; fui obrigado a perceber um retrocesso tático no time de Joel se comparado ao mesmíssimo time que fora campeão carioca neste ano.
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O primeiro retrocesso ocorreu justamente durante a parada para a copa do mundo da FIFA da África do Sul. Para não desfazer o 3-4-1-2 de seu coração, Joel desistiu do esquema 4-2-4 que adotava no 2º tempo do carioca. Assim, Alessandro (2) fica fixo como um 3º zagueiro, adianta-se o volante-zagueiro da vez para a linha de meio de campo, e transforma o Caio num ala. Caio não tem cacoete para servir de ala, de defensor, ele é um ponta puro, clássico, no máximo um winger como sir Alex Fergusson utiliza no Manchester United. O resultado é claro: em 30 rodadas, um dos jogadores que mais entraram em campo, não fez nenhum gol, assim como a maioria dos defensores do time.
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Esquema base de Joel no 1º tempo de TODOS OS JOGOS do carioca (3-4-1-2):
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2----------5------------7----------6
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Onde: JEFFERSON (1); ANTÔNIO CARLOS (3), FÁBIO FERREIRA (4), FAHEL (8); ALESSANDRO (2), LEANDRO GUERREIRO (5), SOMÁLIA (7), MARCELO CORDEIRO (6), LÚCIO FLÁVIO (10); HERRERA (17), LOCO ABREU (13).
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Esquema base de Joel no 2º tempo dos jogos do carioca (4-2-4):
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------------3-------------4----------
2-----------------------------------6
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9------------------17------------11
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Onde: CAIO (9), EDNO (11).
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No 4-2-4 carioca, Herrera se movimenta como um ponta de lança clássico, partindo de trás para atacar em velocidade, e servindo de “garçom”; Edno e Caio indo pelas pontas até a linha de fundo; todos os três buscando a tabela ou a assistência ao Loco Abreu, sempre ótimo pivô, com os laterais chegando também para apoiar, e defendendo em duas linhas de 4, bem ao estilo inglês de Fergusson e dos seus Red Devils, este time sim, chegava a encantar, com velocidade, agressividade, e penetrações.
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Durante a parada da copa, chegaram dois ÓTIMOS reforços para Joel, JOBSON (9) e MAICOSUEL (7), além do inesperado e MARAVILHOSO Marcelo Mattos (8). O time tinha tudo para voar, num provável 4-2-3-1, mais do que imaginável neste esquema, mas Joel manteve a mentalidade, e como já discutimos, conseguiu um jeito de “destruir” o futebol do menino de aço, Caio.
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O segundo grande erro de Joel foi repensar o time SEM LOCO ABREU, foi nítido durante o retorno do uruguaio o quanto ele foi deixado de lado, tempo demais para uma simples recuperação física de alguém que acabara de disputar uma copa do mundo. O time estava rápido, incisivo, mas faltava referência na área; os dois pontas do time procuravam sempre o cruzamento para o centro vazio; Maicosuel chegava, mas faltava o pivô para a ultrapassagem. Mesmo assim, o time voava, fazia muitos gols com o poder ofensivo de Jobson – o time chegou a fazer 10 gols em 4 jogos. Logo após parou, o time começou a fazer apenas 1 gol por jogo, sem o Marcelo Mattos o time começou a levar também, e Loco Abreu se firmou como titular no time, enquanto o salvava de derrotas certas.
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A presença do 13 traz um outro problema tático: num 3-5-2, joga-se com 3 zagueiros para os alas terem liberdade total de apoiar e atacar, o que não ocorre no Botafogo: Alessandro não apóia nunca e Marcelo Cordeiro não chega a linha de fundo, além de dever um bom cruzamento, pelo menos um decente, há mais de dois meses. As jogadas de fundo são feitas apenas por Jobson, e quando estão em bons dias, por Caio e Edno – todavia o único que soube botar bolas na cabeça do uruguaio foi o argentino Herrera, provando que há uma ótima química entre eles.
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Time do retorno da copa, 1º tempo (3-4-1-2):
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2----------8------------10----------6
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Onde: JEFFERSON (1); ANTÔNIO CARLOS (3), FÁBIO FERREIRA (4), LEANDRO GUERREIRO (5); ALESSANDRO (2), SOMÁLIA (10), MAICOSUEL (7), MARCELO MATTOS (8), MARCELO CORDEIRO (6); HERRERA (17), JOBSON (9).
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No 2º tempo, o que variava era quem saía para a entrada de Caio (18) e Edno (11). Normalmente saía um volante, Marcelo Mattos ou Somália, e um da frente, ou Herrera ou Maicosuel. Criava-se um problema tático enorme, quem centralizava em busca da área: Edno ou Herrera? Quem apoiava pela ponta esquerda: Edno ou Herrera? Quem criava: Edno ou Herrera? O time passou a ter um problema crônico na frente, sem homem de referência na área, porém com três, até quatro atacantes em campo, era necessário uma definição maior de quem fazia o quê na frente.
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O time ideal talvez para a felicidade de Joel, após a séria lesão do Mago, seria próximo daquele que venceu o São Paulo:
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2-----------8----------10--------6
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Onde: JEFFERSON (1); ANTÔNIO CARLOS (3), FÁBIO FERREIRA (4), LEANDRO GUERREIRO (5); ALESSANDRO (2), SOMÁLIA (7), LÚCIO FLÁVIO (10), MARCELO MATTOS (8), MARCELO CORDEIRO (6); LOCO ABREU (13), JOBSON (9).
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Joel não promove nenhuma mudança tática no time, conhecidíssimo pelos adversários. O problema no entanto, não é ter um time conhecido, mas ter um time incapaz de se impor, de impor seu modo de jogo.
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O pior são as mudanças de 2º tempo de Joel, que não são feitas para mudar o panorama do jogo, mas para botar os seus dois “queridos” em campo: Edno e Caio. Ele – Joel – não é movido por nenhuma necessidade tática, para abrir o adversário, para tentar destruir a defesa oposta, ou para manter o resultado conseguido em campo, mas apenas para pôr os seus 13 titulares. Esse sim, ao meu ver, é o maior problema tático de Joel.
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Para piorar a situação e opções táticas do técnico, o elenco deste ano perdeu 2 peças importantíssimas: Fábio Ferreira, o líder de desarmes do time e uma das seguranças pelo alto na defesa, e Maiocosuel, importantíssimo na defesa – era o 2º roubador de bola do time, atrás do próprio Fábio, e o maior desarmador entre os homens de frente do brasileirão –, e que podia ser, taticamente, tanto um ponta-de-lança quanto um enganche, e de grande qualidade técnica e muita velocidade. Sem contar com o variável Herrera que arrasava em 1 jogo e passava 3 jogando muito ruim.
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Eu montaria o time, segundo as preferências de Joel, assim – já levando em conta a ausência de Antônio Carlos por 3 semanas –:
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-----------3----------------4----------
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2-------------8-----------7----------6
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Basicamente, apenas trocando Lúcio Flávio por Renato Cajá.
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O meu time, neste momento, no entanto, seria um 4-3-1-2, taticamente, recuava Alessandro e Marcelo Cordeiro para a linha de defesa, e avançado Leandro Guerreiro para o meio campo, mudava o time inteiro, simplesmente sem mudar nada:
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2----------3------------4-----------6
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------------8------------7-----------
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--9---------------13----------------
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Onde: JEFFERSON (1); ALESSANDRO (2), DANNY MORAES (3), MÁRCIO ROSÁRIO (4), MARCELO CORDEIRO (6); LEANDRO GUERREIRO (5), SOMÁLIA (7), RENATO CAJÁ (10), MARCELO MATTOS (8); LOCO ABREU (13), JOBSON (9).
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Pensando nas opções do time – doravante sem mexer mais nos números dos jogadores –: CAIO (18), EDNO (11), TÚLIO SOUZA (15), FAHEL (14), LÚCIO FLÁVIO (19); o time acima poderia ser modificado de várias maneiras:
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1. Saída de um dos meia-volantes (8 ou 7) do losango para a entrada de um dos pontas (18 ou 11), do mesmo lado do volante que saiu; com isso o time passaria de 4-3-1-2 para 4-2-3-1. Essa mudança se daria numa necessidade de abrir o time e jogar mais pelas pontas, principalmente porque Jobson joga afunilando, fazendo o “facão”, e tanto Edno quanto Caio podem fazer a linha de fundo por um dos dois lados – lado no qual o adversário mostrasse mais deficiência técnica.
2. Troca de Loco Abreu por um atacante de velocidade, perdendo a referência na frente, mas aumentando a velocidade e uma movimentação constante. O time perderia o definidor, aquele cara que poderia matar o jogo num lance aos 47 do 2º tempo – como já fez algumas vezes nesse campeonato –, mas deixava um time muito difícil de marcar. O time permaneceria no papel no 4-3-1-2.
3. Saída de Renato por um ponta, abrindo o time, mantendo a pegada. Sem criação, o escrete dependeria da velociade de Jobson, e das jogadas aérias com o Loco Abreu – na verdade o time já se encontra assim, mas não de forma pensada, e sim por inépcia de algumas peças titulares –. O time sairia do 4-3-1-2 para o 4-3-2-1. Os volantes pelos lados teriam que sair mais ainda para o jogo.
4. Contra um time totalmente fechado na retranca, não se faz necessário 3 volantes, assim poder-se-ia trocar 1 deles por 1 armador e outro por 1 ponta, abrindo o time, num 4-3-3 clássico dos anos 70, com 2 meias, ao invés dos 2 volantes que se vê hoje em dia. Joel poderia escolher entre Marcelo Mattos e Leandro Guerreiro para ficar como volante fixo, com Renato mais atrás e Lúcio mais próximo do gol, permitindo que o 19 possa trabalhar como kicker, já que haveria pouca agressão do adversário.
5. A última opção, com o time perdendo, lançar mão do 4-2-4 usado no campeonato carioca, que deu certo lá e pode ainda dar certo em qualquer momento, principalmente pela grande posse de bola e agressividade do time, diminuindo o perigo adversário, que ficaria obrigado a pensar mais em defender do que atacar. Com isso, sairia Somália e Renato, deixando os dois volantes mais defensivos em campo (5 e 8), para a entrada de Caio e Edno, este último fazendo a função de ponta-de-lança que era de Herrera no início do ano, com o 9 bem aberto pela esquerda e o 18 aberto pela direita.
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Desta forma, sim, as mexidas de 2º tempo surtiriam efeito, mudando o panorama do jogo de acordo COM O ADVERSÁRIO, podendo fazer um “nó tático” nos mesmos, que teriam que se preparar para jogar contra 6 times diferentes. É aí que se vê a qualidade de um treinador: a sua forma de ler o jogo e mudá-lo com uma ordem tática ou uma mexida simples do banco. TODAS ESTAS MUDANÇAS devem ser treinadas constantemente, não adianta testar em campo, o jogador, como todo ser humano, tende a repetir o que treina.
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É uma mudança simples que eu proponho, Joel fez Marcelo Cordeiro começar a defender, mostrando-lhe o banco e Somália com o 6 nas costas, porque não conseguiria fazer o time jogar um pouco mais para frente?
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Fica, então, o meu mote, que por algum tempo não usei: No futebol, ganha quem faz mais gols, quem não leva SÓ EMPATA...

IGREJA APLAUDE PADRE E VAIA SERRA

http://www.youtube.com/watch?v=3vuebps_weo&feature=player_embedded

o padre está certíssimo, ISSO NÃO É FORMA DE SE FAZER POLÍTICA