sexta-feira, 24 de novembro de 2017

PAX ROMANA

Eu nos ofereço a Paz Romana
e sob esta Águia
          conviveremos
e sob esta Cruz
          conviveremos
e sob esta Espada
          conviveremos

Eu nos ofereço a Paz Romana
e perante minha Lei
          iguais seremos
e perante minha Lógica
          iguais seremos
e perante minha Língua
          iguais seremos

Eu nos ofereço a Paz Romana
e sob minha Sombra
e perante minha Luz
          governaremos

quarta-feira, 8 de novembro de 2017

SONETO

Sou poeta, meu bem, tu bem o sabes,
De palavras eu vivo e sensações:
Teu corpo é uma ideia e nela cabes.
         Amamo-nos na carne e nas ações,
        Mas sem palavras tudo fica feio,
        Por isso nos traduzo nas canções.
Nosso corpo é só tão somente o meio
Do Amor. Palavras são, em si, o seu fim,
Virando quase autônomas, eu creio.
        Não faço apologia deste, assim,
        Amor sem corpo, sem carne e tesão,
        Mas faço um elogio das almas, sim.
Há Amor que se faz Carne, mas que não
Foi Verbo. Amor sem vida, sem razão.

segunda-feira, 6 de novembro de 2017

PRIMAVERA

Primavera esquenta
Os ipês despem-se de suas verdes folhas apáticas
e cobrem-se de seus órgãos floridos
brancos, amarelos
Mas são os rosas sensuais e doces
que fascinam meus olhos com estupefação

quarta-feira, 1 de novembro de 2017

RECANTO

Como te desejo
E quanto!
Mas se não te vejo
Tal santo
Evoco meu pejo
Meu pranto!
Imagino o beijo
E canto
De Amor. Eu despejo
Encanto,
Eu rumino e invejo
O tanto
De abraço que almejo.
Portanto
Teus lábios cortejo
Enquanto
Garanto
De ti meu ensejo,
Recanto.