quinta-feira, 31 de março de 2011

(VELHOS) VÍCIOS & (NOVAS) VIRTUDES

Pela Copa do Brasil (CdB-11) o Botafogo de Futebol e Regatas enfrentou o Paraná Clube na noite desta quarta-feira, venceu, mas não eliminou o jogo de volta. Embora muita gente tenha visto o azul-grená do adversário e se assustado, o alvinegro não enfrentou o Barcelona, mas um bom time que passa por um péssimo momento.

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Como no ano passado, acredito que o elenco de General Severiano é bom, e isso significa brigar para ficar entre o 8º e o 6º no Campeonato Brasileiro deste ano (CBr-11). Este deveria ser o destino do time ano passado e foi, abraçou a 6º colocação, por muitos méritos de Joel, e optou por se acovardar e não brigar pela Libertadores, por desméritos de Joel – a quem faltou ousadia –, de alguns jogadores – a quem faltou ímpeto e/ou qualidade técnica –, e da diretoria – que por trabalho mal feito na parte física o time cansava rápido demais, logo no início do 2º tempo, e perdeu praticamente metade do time titular por lesões gravíssimas, se o departamento médico não funciona, culpe-se o médico e quem o contratou –. Para ir mais longe (4º lugar e a chance da Libertadores, ou até 3º) o elenco tem que ser Muito Bom. Para brigar pelo título o elenco tem que ser ótimo, ou um time brilhante, que não tenha nenhum outro torneio durante a competição, com 3 ou 4 peças numa fase iluminada, e que não se machuquem. Foi o caso do penúltimo campeão (CBr-09).

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No jogo desta quarta-feira, depois de quase dois anos, o BFR voltou a jogar como time grande, contra um Paraná que se apequenou. Os 15 primeiros minutos foram ótimos, volume, volúpia, vontade, premiados com um gol, na tão velha conhecida jogada aérea que há quase 6 meses não vemos funcionar. Num escanteio de Somália (!?!) Antônio Carlos (3) fez aquilo que faz melhor: cabecear. Os botafoguenses estão se acostumando a zagueiros artilheiros, após Juninho e suas faltas incríveis, agora Antônio Carlos, o homem-voador do General. Mas esse ímpeto desapareceu 1 minuto após: em uma cobrança de escanteio, o zagueiro adversário subiu mais do que todo mundo e empatou. O gol que deveria abater e desarmar a retranca dos paranaenses teve efeito contrário, o empate quase imediato abateu os cariocas, que jogaram mal até fins do primeiro tempo, quando Gilberto foi expulso por ter dado uma cotovelada em Herrera (17) – ter levado esta pancada foi seu melhor lance no jogo todo! –, com a bola parada, aos 46’ do primeiro tempo.

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Aproveitando um a mais em campo, Caio Jr. tira um volante e põe mais um atacante de área, o menino da base Williams (11). Em mais um chute estranho e desnecessário e desperdiçável do Somália (7), o goleiro bateu roupa mais uma vez, a bola molhada pela forte chuva o escapou pela 4º ou 5º vez no jogo, e Williams, mostrando grande oportunismo, empurra para as redes. Daí para frente o placar não mudou. O BFR “joelizou” novamente, mostrando que Caio Jr. terá muito trabalho pela frente para tirar esse instinto do time de esperar na defesa toda vez que tenha a mais magra vantagem no placar. Por causa desta “apequenação” inconsciente do time, este talvez não tenha matado o jogo de volta. Com o apequenamento dos cariocas, os paranaenses voltaram a atacar com vontade, sobretudo quando o jogo ficou 10 contra 10.

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Neste momento um adendo a atuação do juiz: terrível! Os lances mais importantes – e acertados – foram bandeirados pelos auxiliares, não apitados pelo árbitro, inclusive a certíssima expulsão do camisa 8 do Paraná. E, sobretudo, os jogadores do Botafogo têm que aprender a parar de reclamar, e de forma tão acintosa, das marcações do árbitro. Somália fez uma falta para cartão logo após o 2º gol alvinegro e foi expulso, haja vista que no primeiro tempo levou cartão por reclamação.

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O lance, no entanto, que eu mais gostei foi o único contra-ataque que realmente funcionou, Williams, de fora da área, contra os dois zagueiros, chutou uma bola completamente desperdiçável – da mesma forma que Somália e Caio fazem todos os jogos, e o 7 tentou umas 3 vezes durante o jogo –, enquanto o 9 passava completamente sozinho no meio para matar o jogo. Um lance que o próprio Canedo desperdiçou várias e várias vezes, mas que os botafoguenses não esquecem no jogo contra Corínthians no CBr-10, em que tanto Somália, mas principalmente o 9, tiveram a chance de dar o gol para o Abreu, mas desperdiçaram chutando para longe e tentando fazer o gol sozinho. Sonhei, num arroube de justiça poética, que no vestiário, quando o Caio fosse reclamar com o Williams, este respondesse: “Tu passa a bola pra alguém em melhor posição, bacana?” Mas esperar também que o Caio aprenda a lição com esta noite seria também acreditar em Papai Noel.

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Quanto a formatação tática, o time se apresentou numa espécie de 4-2-3-1, onde JÉFFERSON 1; ALESSANDRO 2, ANTÔNIO CARLOS 3, MÁRCIO ROSÁRIO 4, MÁRCIO AZEVEDO 6; RODRIGO MANCHA 5, MARCELO MATTOS 8; SOMÁLIA 7, CAIO CANEDO 9, ÉVERTON 10; HERRERA 17. O time apresentou movimentação constante entre os 3 meias, com Somália – extremo-direito – aparecendo no meio e na esquerda; Everton – extremo-esquerdo – apresentou-se também na direita e no centro; e por fim Caio – ponta-de-lança – também caiu – sem duplos sentidos – pelos lados.

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Aproveitando-se da superioridade numérica, Caio Jr – não contando com a burrice de Somália – tira o volante de maior contenção, que já tinha um amarelo – Rodrigo Mancha – e coloca um atacante, o BFR passa a jogar num 4-4-2 inglês em duas linhas:

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Com números iguais, Jr. tira o lateral esquerdo e coloca Fahel (16) para refazer o meio, Alessandro passa a jogar fixo, como um 3º zagueiro. O time passa a jogar numa espécie de 3-4-2:

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football formations

segunda-feira, 28 de março de 2011

NOVA FASE, NOVA VIDA, NOVO BOTAFOGO?

Finalmente Joel Natalino Santana deixou o BOTAFOGO DE FUTEBOL E REGATAS depois de cerca de 14 meses no comando do time. Fez um ótimo trabalho muito criticado por mim. Boleiro nato, ajeita bem as equipes, mas seu trabalho é sempre de curto prazo: suas equipes aparecem rapidamente azeitadas e posicionadas, com um padrão bem definido. E aí mora a sua maior virtude e o seu maior defeito. Ele não muda. Precisa perder pelo menos dois jogos seguidos para fazer qualquer mudança pontual na sua equipe. Desta forma, todos os seus times transformam-se, com o tempo, em presas fáceis de técnicos estudiosos, que preparam armadilhas simples, que desmontam as suas armações – como a modificação do posicionamento dos volantes do losango armado por Gomes no time cruz-maltino, no último clássico, que desmanchou completamente o losango de Joel, tudo porque sabemos que Natalino arma marcações individuais, não por zona ou pressão –. Todavia o maior problema de Joel sempre foi estratégico, arma o time sempre atrás, esperando para o contra-golpe, enquanto estuda durante todo o primeiro tempo como joga o adversário para pegá-lo na segunda metade do jogo. Muitas vezes acontecia de simplesmente os rivais terem um Plano B, justamente para quando Joel ADAPTAR seu time ao padrão de jogo contrário, desmontarem aquilo que Joel levara de 50 minutos a uma hora para fazer.
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Mas Joel levanta a moral da equipe, impõe disciplina e tem resultados rápidos. Vistos tudo isso a olho nu, não resta dúvida que é um grande técnico, mas, como ressaltei acima, de trabalhos curtos. Com o tempo a sua equipe parece mal-treinada, mecanizada num mesmo estilo, sem variações ou opções: travada. Sempre jogam igual – estrategicamente – tanto no 3-4-1-2 como no 4-3-1-2: recuada, esperando o adversário para o contra-golpe, parecendo um time pequeno, mesmo quando enfrenta minúsculos clubes brasileiros. Joel cobrava atitude ofensiva de seus comandados, mas como ter esta atitude se treinaram para recuar? Natalino botava o time para frente, mas em números, não com estratégia! Santana exigia pontos – não vitórias, o que demanda bom desempenho, mas pontos, os resultados frios que anotamos em tabelas –, mas se contentava com empates.
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A contundente prova disso tudo que afirmei acima ocorreu no jogo de ontem (26/03/11), com um técnico interino e TREINADOR DE GOLEIROS. O mesmíssimo esquema (4-3-1-2, com volante-zagueiro que “senta” na frente da defesa liberando os laterais, na prática um 3-4-1-2), os mesmíssimos jogadores no time misto: na parte defensiva a única mudança que realmente ocorreu foi entre Jéfferson – defendendo a seleção brasileira – e Renan (1), Alessandro (2) – no lugar de Lucas, machucado –, Fahel (5) – no lugar de Rodrigo Mancha, suspenso –, e Marcelo Mattos (8) – no lugar de Arévalo Rios, na seleção uruguaia –, sempre foram titulares até há bem pouco tempo atrás, aliás, Marcelo Mattos é titular absoluto, capitão da equipe e uma quase unanimidade entre a torcida. Na frente sim, houve mudanças: Caio (9) – no lugar de Herrera, suspenso –, Fabrício (10) – no lugar de Éverton, suspenso –, e William (11) – no lugar de Loco Abreu, seleção uruguaia –, embora Caio Canedo seja praticamente titular da equipe. (Completaram o time titular: Antônio Carlos (3), Márcio Rosário (4), Márcio Azevedo (6), Somália (7)).
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A diferença entre os times de Joel e o de ontem foi outra: estratégica; mesmo sem ter treinado a equipe, o time jogou diferente, para cima, atacando sempre, sendo pouco ofendida – apenas entre os 30 e 40 minutos do segundo tempo! –. Entre os 29 e 31 minutos do primeiro tempo, o BFR teve um momento de Barcelona, rodando a bola com extrema eficiência, tocando passes em um ou dois toques, da extrema direita para o meio, e daí para a esquerda, até entrar na área para uma má conclusão. E olhe a diferença entre peças entre os dois times. O time fez pressing alto, comandou a partida, fez valer o peso da camisa, mesmo contra um Boa Vista que ganhou do cruz-maltino, eliminou os tricolores das Laranjeiras, e só perderam para os rubro-negros numa cobrança de falta de exceção de Ronaldo Assis.
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A ausência de um criador ainda fazia-se sentir, se o Éverton não é um enganche clássico – é um winger (extremo) esquerdo –, ele é muito mais eficiente do que o Fabrício, muito mal a péssimo ontem, sobretudo quando Éverton sai do meio e vai para as pontas, de onde seus cruzamentos renderam dois gols. Fabrício não conseguia driblar, nem correr, nem o que era o principal: passar. E ficou pior depois das mudanças, com Somália jogado para a ponta-de-lança.
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Porém quem mais fez falta foi Abreu. Muitas bolas cruzadas para nenhum atacante de área, William até passou perto da bola muitas vezes, mas não alcançava. Caio teve três chances claras. A primeira numa enfiada de Mattos, que o zagueiro impediu o gol do 9. A segunda num lançamento de Somália, nas costas dos zagueiros – bola que o “lento” Abreu recebeu três só este ano e, na arrancada desde o meio de campo, matou as três, e no ano passado lembro de pelo menos dois lances idênticos num mesmo jogo, em que El 13 deu uma assistência para Edno e fez o segundo de cavadinha –, correu, avançou, mas de frente a área, ao invés de tentar forçar a entrada em linha reta e bater ao gol, driblou um zagueiro – e não chutou –, driblou outro zagueiro – e não chutou –, driblou um terceiro zagueiro e chutou, a bola bateu em mais um defensor e saiu. A terceira numa sobra de escanteio, frente a frente com o goleiro, matou no peito e chutou para cima por causa da pressão do goleiro – era mais fácil meter a cabeça logo na bola e matar o goleiro no contrapé –. Mas o pior foi o lance de William, que recebeu enfiada bola, com tranquilidade e instinto de matador deixou um zagueiro no chão e parou porque o árbitro apitou impedimento mal-assinalado.
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Não é pouca coisa a falta que faz Sebastian Abreu, gênio ou craque não é, mas é matador, aquele que assusta qualquer zaga, que joga muito sem fazer nada, só puxando a defesa e abrindo espaços – você, como técnico, deixaria um Abreu sozinho dentro da área ou colocaria pelo menos um defensor em cima dele? –. Uma conta rápida de cabeça: São 7 jogos da Taça Guanabara (TG), mais 1 de semi-final. Com o jogo de ontem foram 5 jogos da Taça Rio (TR). Ao todo o BFR jogou 13 vezes no Campeonato Carioca 2011 (CC-11). Destes jogos pelo menos 1 jogo o Abreu não jogou lesionado, outro não jogou suspenso, e este último não jogou porque foi convocado para a seleção. Tradução, o vice-artilheiro do cariocão tem 8 gols em 10 jogos (média de 0,8, isto é, é quase certo que ele fará um gol no seu time). Além dele já ter feito gols nos dois turnos, Fred, o artilheiro até este momento, só fez gol na TG. Há jogadores que se destacam pela qualidade de jogo, às vezes os seus números não condizem com a realidade – não fazem gols, não dão assistência –, mas vê-se o bom desempenho – como, no Botafogo, são os casos de Marcelo Mattos, Bruno Tiago entre outros –, e há aqueles cuja eficiência ululam nas estatísticas, se Loco Abreu fosse um motor, seria dos melhores, 80% de eficiência.

domingo, 13 de março de 2011

Resgate tático de Joel Santana pode ser boa solução para o Botafogo

texto de André Rocha do Olho Tático

fonte:

http://globoesporte.globo.com/platb/olhotatico/2011/03/13/resgate-tatico-de-joel-santana-pode-ser-boa-solucao-para-o-botafogo



Resgate tático de Joel Santana pode ser boa solução para o Botafogo


Joel Santana comandou cinco equipes campeãs regionais nos anos 1990, sendo seis títulos consecutivos. No Vasco (1992/93), Bahia (1994/99), Fluminense (1995), Flamengo (1996) e Botafogo (1997), utilizou prioritariamente o esquema 4-2-2-2, básico e muito difundido à época.

Na década seguinte, a partir das conquistas da Copa Mercosul e da Taça João Havelange em 2000 com o Vasco, tendo assumido a equipe na reta final, o treinador começou a alternar seu sistema preferido com o 3-4-1-2. No time cruzmaltino, Joel resgatou uma solução de Antônio Lopes em 1997 pouco utilizada por Oswaldo de Oliveira: Nasa como volante-zagueiro liberando os laterais Clébson e Jorginho Paulista como alas.

Mesmo recurso utilizado no Flamengo 2007, primeiro trabalho bem sucedido do técnico após o bicampeonato baiano com o Vitória em 2002/2003. Rômulo, depois Jaílton, foi o escolhido para sair do meio e compor um trio de zaga para dar segurança a Fábio Luciano e liberdade a Léo Moura e Juan. Assim levou o time rubro-negro da zona de rebaixamento à vaga na Libertadores e emendou com a conquista do Estadual no ano seguinte.

No comando da África do Sul, voltou ao 4-2-2-2, até porque seu antecessor foi Carlos Alberto Parreira, adepto fiel do sistema. Depois seguiu a tendência mundial e arriscou o 4-2-3-1. Pediu aos dirigentes adversários fortes nos amistosos do país-sede da Copa 2010, não conseguiu os resultados e foi demitido.

Retornou ao Brasil e, no Botafogo dilacerado pela goleada de 6 a 0 para o Vasco na terceira rodada da Taça Guanabara, voltou ao 3-4-1-2 para arrumar a casa. Fahel foi o volante-zagueiro, Alessandro e Marcelo Cordeiro os alas “espetados” (à frente dos volantes) e Lúcio Flávio o homem da ligação no meio-campo articulando para Herrera e Loco Abreu.

Assim ganhou os dois turnos do campeonato carioca e manteve a estrutura na campanha do Brasileirão que foi além das expectativas do início da competição, mas não deixou de decepcionar a torcida que sonhou com a vaga na Taça Libertadores ao longo das 38 rodadas.

O botafoguense esperava também um time mais ousado, ainda que apenas nas partidas menos complicadas. Mas Joel manteve a estrutura tática e a estratégia que marcou sua carreira: primeiro tempo cauteloso, estudando o adversário. No intervalo, de posse das anotações em sua lendária prancheta, arruma o time e, ao longo da segunda etapa, faz as substituições avançando ou recuando ainda mais suas linhas de acordo com a necessidade.

Em 2011, mesmo com reforços que sugeriam uma formação mais ofensiva, Joel se manteve firme em suas convicções e chegou a ter desavenças ideológicas públicas com Loco Abreu, líder e ídolo do Bota. Nada grave ou que causasse um racha no elenco, mas que deixou claro que havia uma oposição de ideias.

Com a derrota nos pênaltis para o Flamengo na semifinal da Taça Guanabara com a equipe muito cautelosa e mais preocupada em anular as estrelas adversárias do que jogar, Joel Santana, enfim, percebeu que era necessário mudar.

E já na sofrida classificação na Copa do Brasil contra o River Plate, o de Sergipe, o treinador começou a resgatar um desenho tático que podia ter lhe dado seu primeiro título estadual há 24 anos.

Em 1987, Joel Santana comandava um Vasco de boa base, com ótimos reforços, mas abalado pelos quatro anos sem títulos e o vice-campeonato estadual do ano anterior. Montou um timaço, o melhor cruzmaltino que este que escreve viu ao vivo. E, assim como faria em 2000, foi influenciado por uma ideia de Antonio Lopes implementada em 1985: usar Roberto Dinamite, maior artilheiro da história do Vasco, mas já veterano, como uma espécie de “falso nove”, praticamente um meia de ligação alimentando os velocíssimos Mauricinho e Romário, que varriam as defesas com arrancadas em diagonal.

Em números, um 4-3-1-2 que venceu a Taça Guanabara com oito vitórias, quatro empates e apenas uma derrota. 24 gols a favor e seis contra. Um time técnico, que só contava com Dunga (sim, ele mesmo) como marcador no meio-campo. Mas que vencia jogando, até contra os pequenos, nos contra-ataques. Mesmo no inicio da carreira, Joel Santana já era cauteloso e estrategista. Tanto que preferiu se deixar seduzir pela proposta irrecusável do Al-Hilal e voltou para os Emirados Árabes (comandara o Al Wasl de 1981 a 86), deixando o Vasco sob o comando de Sebastião Lazaroni e perdendo a chance de ser campeão regional.


http://globoesporte.globo.com/platb/files/1019/2011/03/campinho_Vasco_1987.jpg



O Vasco campeão da Taça GB 1987: um 4-3-1-2 com Roberto Dinamite como uma espécie de 'falso nove', trabalhando com o meio-campo sustendado por Dunga e lançando os ligeiros Mauricinho e Romário em diagonal.


No Botafogo 2011, o resgate do sistema com losango no meio-campo não tem o “falso nove”. Everton herdou a vaga de Renato Cajá e faz a ligação com o “ataque mercosul” imprimindo velocidade e procurando os flancos, especialmente o esquerdo. Completando o setor, Rodrigo Mancha, Bruno Tiago e Arévalo Rios, três volantes de ofício que auxiliam Lucas e Márcio Azevedo, ótimos no apoio, fragílimos na marcação. Alas posicionados como laterais que expõem João Filipe e Márcio Rosário, a dupla de zaga, e fizeram o time levar alguns sustos nos 4 a 2 sobre o Volta Redonda e sofrer bastante para administrar o 1 a 0 sobre o Nova Iguaçu.

Nos 4 a 0 sobre o Americano no Engenhão, porém, o Botafogo teve sua performance mais consistente com o novo esquema. Curiosamente, o meio-campo teve melhor encaixe com a entrada de Somália na vaga do suspenso Bruno Tiago, um meia adaptado de bom passe e chegada à frente. Com volantes mais marcadores, os laterais tiveram ainda mais segurança para apoiar. Na frente, Everton ganha entrosamento com Herrera e Abreu e o ataque velocidade e presença de área. Alterna jogadas com bola no chão e os habituais cruzamentos procurando o gigante uruguaio.

Ainda que a goleada tenha sido construída com um pênalti absurdo em Abreu que os próprios jogadores demoraram a entender e o árbitro Leonardo Cavaleiro a assinalar com convicção, a atuação foi segura e, pela primeira vez na temporada, deixou treinador e também os jogadores satisfeitos. Os tentos de Herrera (dois, o primeiro no penal inexistente), Abreu e João Filipe saíram naturalmente, frutos de um volume de jogo que os alvinegros há tempos não viam sua equipe desenvolver.


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No losango alvinegro, o trio de volantes sustenta os ofensivos laterais Lucas e Márcio Azevedo e libera Everton para encostar em Herrera e Abreu.

É cedo para assegurar uma transformação, mas o novo sistema e, principalmente, a remodelada proposta de jogo alvinegra já servem como alento e bons motivos para acreditar em dias de futebol mais solto e fluido.

Joel Santana continua o mesmo, mas sua trajetória profissional mostra que o treinador sabe se reciclar e assimilar novas ideias quando acha necessário. A mudança veio em boa hora.

terça-feira, 8 de março de 2011

PREPARATIVOS PARA O JOGO DA DÉCADA (que começou há 2 meses!)

Eu vejo que o Barça tange a perfeição, mas ainda não é perfeito, mas nem a seleção BR-70 foi perfeita – tinha um goleiro que vou te contar…-! Os times, que ao meu ver, mais se aproximaram da perfeição foram justamente a Hungria-54, o Brasil-58 e o Brasil-70 – não nesta ordem, os campeões mundiais obviamente superiores, e o time de 58 tinha os melhores de todos os tempos, embora os 12 anos de tática e preparo físico poderiam dar vantagem para a de 70 -.
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O maior defeito, se podemos analisar desta forma do Barça, é a ausência do 9, o time prescinde disso porque joga com Messi de falso 9. Na Hungria Hidegkuti fazia o falso 9, mas eles tinham o melhor cabeceador da História, Kocsis. Os Brasis tinham somente Pelé, que embora ponta de lança - como Puskas e Kocsis – fez 2 gols de cabeça em 2 finais de copa do mundo, tinha Vavá peito de aço, exímio cabeceador, e em 62 tinha Amarildo, o Possesso, outro exímio cabeceador.
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A falta de referência de área, faz com que o Barça abdique das jogadas aéreas, que podem resolver, e resolvem jogos tão truncados. Lembremo-nos da Copa do Mundo do ano passado (2010). A Holanda venceu a retranca dunguista com bolas alçadas na área e jogadas ensaiadas. Mas recordemos principalmente do jogo Alemanha X Espanha.
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Os dois times jogavam no mesmo 4-2-3-1, mas os germânicos eram reativos e os latinos pró-ativos. Muito fechados, os alemães não permitiam o tique-taca – tenhamos sempre em mente que a base da Fúria era o Barcelona -. O gol só saiu de bola parada, na cabeçada de um zagueiro.
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Contra a Inter, a retranca era tão forte – pra mim um 5-4-0, que só não foi 5-5-0 pois os italianos jogavam com -1! - que o gol saiu novamente de um zagueiro, Piqué, que era o único que tinha estatura de centroavante e foi deslocado para fazer o pivô – e fez um baita gol de pivô, recebendo dentro da área, no limite entre os zagueiros e a linha de impedimento, e girando a la Zidane –, enquanto o time jogava bola na área. Pep solucionou momentaneamente o problema daquele jogo, mas botar Piqué de referência NÃO É SOLUÇÃO.
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Para mim foi pra isto que veio Ibra, que não deu certo no esquema, ele requer jogo pra ele, o Barça joga por todos. Ao meu ver, o jogador perfeito para isso seria o Henry, que jogava de ponta esquerda no time catalão e de "1" no 4-2-3-1 na seleção francesa de 2006. Infelizmente ele não tinha mais condições físicas de acompanhar o ritmo e o pressing do Barcelona.
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O que vemos, desta forma, é a dificuldade do time catalão em jogar sem a passagem rápida no meio; dependente do toque rápido e curto dos espanhóis ou do drible dO Argentino! Mas com tanta gente próxima, essas características ficam comprometidas, e com as linhas perto do gol, é difícil desenvolver os dribles e as linhas de passe tão necessárias ao sistema de futebol total adotado pelos bleugranas.
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Assim, saindo um pouco do foco deste texto, e olhando par ao clássico daqui há 40 dias, podemos projetar algumas opções táticas do Real Madrid. Na minha visão, Mourinho deve aprontar outra dessa na final da Copa do Rei. É claro que os merengues – onde jogaram Puskas, Di Stéfano, Didi, Ronaldo e Zidane – não aceitam jogar retrancados como a Inter bi europeu e mundial (agora tri), inventora do cautenaccio. Mas aposto num 4-1-4-1 madrileño. Reconheço, no entanto, o pronto fraco do Real seja justamente a defesa, ponto forte dos nerazzuri.
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Um volante de contenção, provavelmente Diarra, para impedir que Messi flutue solto de novo, Aldebayor-brucutu na frente – não à toa, ao meu ver, Mourinho exigia tanto este 9 monstrengo pra frente, deve ter visto os mesmos defeitos catalão que eu, que só descobri estes defeitos DEPOIS de ver o jogo dele na Inter – e uma linha de 4: Özil, Khedira ou di Maria, Kaká, Ronaldo. A escolha entre khedira e o argentino no meio, seria uma escolha cultural, não tática: pressionar lá na frente, mesmo com o time muito compactado e ter uma saída de bola mais qualificada (Di Maria), ou aceitar a posse de bola do barcelonista.
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Voltemos para o jogo de logo mais: Arsene é mais técnico do que Guardiola - por enquanto -, mas as peças do Barça são muito melhores do que o do time londrino, embora se alguém tenha time para bancar jogo com o Barça, um deles é os Gunners. Wenger - mestre - estudou o adversário, viu as dificuldades do Barça em passar de defesas em linhas de 4 - e sobretudo aquelas que põem um volante flutuando entre elas -.
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No jogo de ida, o Arsenal atacou como o Barcelona, mas defendeu como o Betis. Arsene treina muito bem o time, transformou o ponta-de-lança Nasri em extremo, o meia Wilshere em volante e o ponta V. Persie em centro-avante, e com isso dá mobilidade incrível ao quarteto ofensivo, em nível que só os catalães repete. Ao seu dispor, o francês tem também o russo Arshavin jogando muito, e o grandalhão dinamarquês Bendtner para jogar com força na área - opção que os espanhóis não possuem! -. Além, é claro, da velocidade alucinante de Walcott.
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Mas Arsene, no jogo de ida, venceu Pep. Venceu quando Guardiola deixou o Barcelona ser menos Barça e trocou o ponta Villa pelo volantaço Keitá. Arsene venceu quando jogou mais ainda como Arsenal, tirando o pacman Song - brucutu-quebrador - e colocou Arshavin - deixando como único volante Whilshere, jogador bastante ofensivo e criativo. E depois tirou Walcott e colocou o Bendtner - eu teria tirado o Nasri -. Mas como Wenger é Wenger e sabe muito mais do que eu, foi Nasri que deixou o russo sozinho para matar os "invencíveis".
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Esta foi a causa da glória londrina na primeira "perna" deste confronto histórico da Champions League, ou da derrota catalã, dependendo do ponto de vista: Atacando como Barça, defendendo como o Betis, contra-atacando como Arsenal de Chapman ou dos "invencibles" de Bergkump, Henry e Wenger. Assim Arsene, por um jogo, superou a maior equipe do mundo, talvez o maior time dos últimos 20 anos, e quiçá será, um dia, um dos maiores da história.
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Hoje saberemos como terminará esta crônica do futuro próximo...

CONTINUA O EMBRÓGLIO ENTRE A GLOBO E DIREITOS DE TRANSMISSÃO

Notícia relevante aos Botafoguenses.

fonte: http://www.lancenet.com.br/minuto/Botafogo-afirma-proposta-Globo-evoluiu_0_440355983.html


– A minha marca tem valor, e isso precisa ser mostrado. 50% da minha torcida está fora do Rio, em Brasília, em Minas Gerais. O que não pode é a Globo fazer o que ela sempre fez, que é comprar pagando o preço mínimo e não ativar os produtos. Ela já percebeu que tem de fazer diferente, isso já ficou claro nas conversas que já tivemos. É isso que o Botafogo quer – disse.


minha opinião: A Globo só maltrata a gente, este ano não iria passar nenhum jogo do BFR no cariocão, acabou passando 1.

a Globo sabe q o BFR vende mais no fechado e no PPV. o BFR tem torcida gigantesco fora do Rio, é uma das maiores torcidas de Minas - mesmo com A.Mg e Cruzeiro lá - e, salvo engano, é a maior de Brasília. É gigantesca no NE, na PB então, nem se conta!

por que então mendigar com a Globo se todo mundo sabe q a REcord paga mais? Este negócio de q a Globo tem mais visibilidade é balela, o dinheiro vai para onde está o produto, é o brasileirão quem vende, não a Globo, se fosse a Globo por ela mesma, ela não se interessaria tanto pelo BR ao ponto de FUGIR de uma licitação aos moldes da legalidade brasileira.

q o BFR venda para quem pagar o maior preço pela nossa marca.

e as emissoras sejam inteligentes como nos EUA: lá canais diferentes compram transmissões de times diferentes. Os jogos são transmitidos pelo canal que tem o DIREITO DO DONO DA CASA, e fazem comercial dos jogos em outra emissora (e cobram normalmente pelo comercial).

isso é profissionalismo e ética. 2 coisas q a Globo não tem.

sábado, 5 de março de 2011

ALGUÉM TEM QUE VENCER

“Alguém tem que ceder” é o título de uma boa comédia cinematográfica. E poderia ser o título de uma boa mudança na história recente do BOTAFOGO DE FUTEBOL E REGATAS. Talvez com uma pequena alteração: “Alguém tem que vencer.” Neste caso, olhando as notícias de “informações vazadas de bastidores”, a luta seria entre Joel Santana e algumas “lideranças do grupo”. Quem? Será alguém que, no penúltimo jogo do BFR no BR-10 pediu para sair de campo por nitidamente não estar jogando – o time tão enfiado atrás que a bola simplesmente não chegava na frente –, alegando que era jogo para outro tipo de atacante. E era mesmo, um atacante que fosse ao meio, buscasse a bola, arrancasse, driblasse três, quatro marcadores e concluísse a gol. Talvez um jogo para Neymar, Messi, Cristiano Ronaldo, não para um definidor, um monstro da grande área, mas não um virtuose da bola.
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Depois de jogar mal todo um final de brasileirão, uma péssima Taça Guanabara, perder para o River Plate-SE, jogando sempre como o coadjuvante, jogando sempre amedrontado, se apequenando tanto taticamente – reduzindo a sua presença no campo aos primeiros 40 metros de sua defesa – quanto moralmente – retranca contra tudo e contra todos, sempre o pequeno, sempre o ameaçado, sempre o fraco, sempre o acovardado –. E assim seguia em frente o time, joelizado.
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Mas depois de 13 meses, com pelo menos oito de um ótimo trabalho, seguidos por um tempo enorme de contestação – todos percebiam que o time poderia já se soltar, procurar na sua luta a superioridade – culminada na derrota em Sergipe. Ou Joel mudava, ou mudavam Joel. Alguém venceria esta luta, pelo bem ou pelo mal.
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O problema, parece-me, nunca fora Joel, os atletas parecem gostar da sua pessoa, do seu jeito boleiro. Mas os seus métodos não mais funcionavam, sua estratégia não era mais vencedora: funcionou quando todos o subestimavam, subestimavam a garra dos guerreiros alvinegros, quando subestimavam um cara estranho, meio desengonçado, que parecia ser atacante de bolas aéreas – e ele começou a fazer golaços com a bola nos pés, chegando a uma marca de 7 gols em 7 jogos, até o time parar –. Até o time parar funcionou, e parou porque pararam de subestimar, parou porque a estratégia era única e simples – e fácil de ser batida –, parou porque os guerreiros jogavam cada jogo a 120% , e quem quer ser campeão tem que jogar a 70-80%, guardando forças, para nas partidas decisivas, nos clássicos, ter aquele gás a mais para dar 120-130-150%. O BFR não podia mais fazer isso na reta final, pois a gasolina foi queimada no início. É como será a Fórmula 1 este ano, com a volta do KERS, quem usar a energia extra na hora errada será ultrapassado, quem souber usá-la para atacar na hora certa ultrapassará.
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No jogo de volta contra o time sergipano pela Copa do Brasil eu fui incapaz de precisar se o time jogava no 4-2-2-2 ou 4-2-3-1, pois a posição inicial de Caio variava muito. No jogo contra o Volta Redonda neste sábado carnavalesco foi nítido o esquema utilizado pelo Natalino. Depois de passar todos os anos 90 do século passado no 4-4-2 brasileiro (4-2-2-2) tão amado pela torcida, e a década passada toda no 3-5-2 brasileiro (3-4-1-2) tão odiado pela torcida, Joel Natalino Santana finalmente chegou ao século XXI. Novo Milênio, estamos aí. Hoje, quando o adversário estava com a bola, a linha de 3 (Everton (11) pela esquerda, Cajá (10) no meio e Caio (9) pela direita, e diferentemente da maioria dos times que joga com linha de três meias, o BFR joga com meias abertos no “pé certo”, o canhoto na esquerda, e o destro na direita, da mesma forma que Joel armava o seu 4-2-4 quando partia para cima de forma desordenada no segundo tempo do brasileirão-10, com Caio na direita, Herrera e Abreu no meio e Edno na esquerda) ficava extremamente definida, e postada bem próxima para uma boa linha de passe. Com a posse de bola, Caio era o que mais aprofundava – na movimentação que me confundiu no jogo anterio –, o nosso winger (meia-extremo) direito subia com vontade e jogava como um ponta, e graças à ótima atuação do jovem Lucas (2) – para mim o melhor do jogo, seguido, em minha opinião, por Bruno Tiago (7): corretíssimo na defesa, passes primorosos na frente –, as ultrapassagens funcionaram muito bem.
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Infelizmente ainda não vi um time treinado, de movimentação constante, com a aproximação entre as linhas (os dois volantes aproximam dos 3 meias para dar a saída de bola e opção de passe, e estes do avante para não isolá-lo, que volta se aproximando dos meias para abrir a defesa e criar jogadas de gol). Obviamente Herrera não é Loco Abreu, que faz o pivô de forma brilhante e volta bastante, rolando a bola em passes de primeira, do meio para as extremas. Reafirmo categoricamente: JOEL BOTOU O TIME NO ATAQUE COM GENTE, NÃO COM ESTRATÉGIA.
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Mas funcionou. Primeiramente a proximidade dos jogadores da 3º linha propiciou trocas de passes da esquerda para o meio onde se encontrava Caio, o jogador mais à direita, nisto ele puxava a marcação do lateral esquerdo e, numa boa inversão de jogo, deixou Lucas livre para avançar em velocidade por pelo menos 40m, e chegando à linha de fundo, num drible de deixar São Garrincha orgulhoso, entrou na área, obrigando o defensor, vendido, a derrubá-lo. Pênalti claro. Herrera (17) cobra muito forte e mal, o goleiro espalma e a estrela de São Quarentinha põe pra dentro. E praticamente acabou-se a participação do argentino no jogo.
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Novamente a linha de 3 funcionou no lance do segundo gol. Uma das obrigações do 4-5-1 é justamente a troca constante de posições entre os extremos e o armador, além das saídas do centro-avante da área para a criação de vácuos dentro desta, onde se pode ingressar um companheiro. Neste movimento, Herrera na esquerda, Cajá no meio, Caio entrando na área, após batida de lateral e troca de passes entre Lucas e Éverton, e um ótimo cruzamento do canhoto – totalmente entortado pela posição –, Caio sobe só, na marca do penal e cabeceia como manda o manual de Dadá Maravilha: queixo no ombro. Bola no pé da trave e dentro.
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Então vamos aos erros táticos – muitos deles – da equipe alvinegra. O primeiro gol saiu de um lance fortuito – e bem executado – do lateral direito do Voltaço – registro aqui que não sei se o epíteto do time aurinegro, hoje todo de branco, escreve-se Voltasso, como seria de se esperar, ou Voltaço, em homenagem à siderúrgica nacional, CSN, que lá se instala, prefiro a última opção –, que não foi marcado pelo Éverton, passou como quis de um Antônio Carlos (3) meio desligado, e com liberdade chutou forte ao gol e foi defendido por Jéfferson (1) que a esta altura já tivera feito pelo menos mais duas boas defesas. No bate-rebate, ninguém tira, um atacante chuta como dava, Lucas tenta salvar e bota mais para dentro ainda. Primeiro erro: não combatividade de Everton lá na frente permitiu um avanço tão forte do lateral; erro segundo: o que o zagueiro central – que joga pela direita da área – estava fazendo na lateral esquerda?; terceiro erro: onde estava o lateral esquerdo?.
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Estes três erros se repetiram no 2º gol do Voltaço. Após defesa fantástica de um chute de fora da área – Jéfferson não só defende muito, ele defende bonito!!!! –, numa cobrança de escanteio mal rechaçada, o mesmo lateral direito aparece só, tendo toda a área esquerda para pensar, olhar, decidir e cruzar a bola no segundo pau, na cabeça de um zagueiro de 1,95m. Nem São Jéfferson defenderia esta. E é claro, o capita teve todo o direito do mundo de reclamar da sua defesa: QUE BURACO ERA AQUELE NA ESQUERDA????. Foi-se para o intervalo.
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De todas as qualidades Natalinas, a sorte parece ser algo realmente acima da média. Pouco antes do intervalo, um jogador do Volta Redonda teve que dar um tapa no rosto de Antônio Carlos, assim por nada, numa jogada sem qualquer finalidade prática. Resultado: expulsão imediata, certíssima. Como, mais tarde, um outro jogador do aurinegro de branco pisou covardemente na perna de Bruno Tiago, podendo quebrá-la, e não foi expulso. Com um a mais, o BFR que tomava novamente sufoco de um time pequeno, começou a ganhar terreno – e mesmo assim ainda levou o segundo gol!!!! –.
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O jogo reinicia, o time vai pra cima, e repetindo o que fez na primeira etapa – com um gol logo no início do jogo e o segundo antes dos 15” –, “comete” um gol antes dos 2 minutos. Num bom escanteio de Éverton, Rodrigo Mancha (5) sobe mais que a defesa e cabeceia mal, a bola cai – olha a sorte aí – de volta ao seu pé, ele sem olhar para onde, bate para onde apontava o nariz, meio que de bico, meio que de peito de pé, e não é que a bola entra. Melhor.
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E com um a menos, o Voltaço vai para cima, tentando novamente o empate, Jéfferson defende uma à queima roupa, e no rebote, o 18 do Volta Redonda cabeceia, sozinho, com o goleiro no chão e sem marcação, para fora. Perdeu gol incrível. Melhor.
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Por fim, novamente o simples posicionamento dos jogadores, mesmo sem uma estratégia formada e treinada – o que mostra como apenas uma escolha de jogadores certos no esquema certo já é um grande auxílio para a vitória –, e sua movimentação mostraram-se fortemente efetivos. Com o recuo do extremo-direito em direção à Bruno Tiago – jogando perfeitamente como volante-armador, posição que os ingleses chamam de box-to-box (Gerrard, Lampard), os italianos de regista (Pirlo) e os argentinos de carillero (Cambiasso) –, abrindo um buraco enorme entre os zagueiros e o lateral esquerdo, e com uma ultrapassagem precisa de Lucas no canto direito, o 7 mete uma bola precisa no vácuo, o 2 tem todo o tempo do mundo – e toda a área esquerda onde o Volta Redonda fez e desfez na defesa alvinegra – para matar a bola, levantar a cabeça, ler o jogo e rolar uma bola que gritava: “FAZ, FAZ, FAZ!!!”, para que o jovem Alex desencantasse como profissional.
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Bem na defesa, velocidade no apoio, uma assistência, um pênalti cavado, renovação nas esperanças do botafoguense que o “Presidente” comande do bureau, não dentro do campo, Lucas ótimo. Bruno Tiago também está mandando no meio. Fica a briga pela posição de volante de contenção. A lateral esquerda está muito mal, Márcio Azevedo (6) tem velocidade, é driblador – embora sempre tente o mesmo golpe: o drible da vaga, ou meia-lua –, que dá certo quando ele se aproxima, mas tão nervoso como está, tão afoito quanto anda, está dando o golpe de muito longe, permitindo que o adversário tome a frente. Mas o cruzamento não sai um certo, e defensivamente está apagado, só lembrar que os dois gols saíram do lado dele.
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Aparentemente, para quem vê de fora, as conversas que a diretoria teve com jogadores em separado, com Joel Santana em reservado, e um certo almoço de três horas entre um certo centro-avante que não jogou por estar machucado e o gerente de futebol deram certo. Quem cedeu – e quanto cedeu – não sei e não me importo. Posso afirmar, no entanto, que sei quem venceu: não foi o Papai, o General, nem foram as “lideranças do grupo”. Quem venceu foi o BOTAFOGO DE FUTEBOL E REGATAS. Nisto eu tenho certeza, tanto quanto boto fé em São Didi!!!
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O BFR ganhou hoje PORQUE FEZ MAIS GOLS, QUEM NÃO LEVA SÓ EMPATA. 7 VITÓRIAS, NO FUTEBOL, VALEM MAIS QUE 20 EMPATES.
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Default do BFR até as mudanças de Joel, onde Márcio Rosário (4):
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G------------------1-------------------
D----------3------------4---------------
D-2-----------------------------------6-
M------------7---------5----------------
M----9-----------10---------11--------
A------------------17-------------------

quinta-feira, 3 de março de 2011

(IN)DEFINIÇÕES: TÁTICAS, TÉCNICAS, SUOR E SORTE

O que define um jogo de futebol? É a tática, é a técnica, é a raça? É tudo isso junto? É a sorte? Para os times comandados por Joel Natalino Santana – ou pelo menos este Botafogo – é a sorte quem define os resultados.

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Joel é um homem inteligente. Usa de um sofisma brilhante para sua auto-promoção: Quando questionado sobre o seu rendimento no clube, cita de pronto o fato de ter sido o treinador da equipe que menos perdeu. E ninguém o contradiz, mostrando que o BFR foi uma das equipes que menos venceu, na verdade, empatou metade dos jogos de uma liga inteira. E como eu sempre reafirmo: 7 VITÓRIAS VALEM MAIS DO QUE 20 EMPATES. Se Joel se preocupasse menos em perder e mais em ganhar não seria tão questionado. Poderia ter perdido 12 das partidas que empatou e ganho as outras 7 disputas, e ainda assim terminaria o campeonato com 9 pontos a mais, dentro da Libertadores e lutando pelo título até a última rodada.

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Mas Joel é inteligentíssimo, ninguém o questiona no seu sofisma. A não ser a torcida – ou parte da –. Pelo menos desde que perdeu a sua tão gloriosa invencibilidade em casa – mesmo que esta invencibilidade mascarasse as pouquíssimas vitórias em seu próprio domínio – para os reservas e juniores do Internacional jogando de forma covarde. Daí sua covardia tornou-se insuportável. E quando, jogando no mando do Grêmio, precisando vencer para ir a Libertadores, Joel escala 3 zagueiros, 3 volantes e leva de 3 gols, sua situação no clube ficou periclitante.

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Armando mal, para numa mexida – as mesmas de sempre – parecer que venceu o jogo na sua capacidade de lê-lo e modificá-lo; Fazendo mistérios – e anunciando-os – para sempre escalar os mesmos do mesmo jeito; Prometer mudar a equipe, mas entregá-la mesma e igual. Joel precisa perder para aprender. Mas perdeu em casa para reservas e juniores e não mudou. Perdeu – e feio – a vaga nas Libertadores e não mudou.

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Joel é sempre o mesmo e não muda.

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A sua desculpa é sempre o resultado etc. Resultado é fútil, o que importa é sempre o desempenho – este traz sempre a reboque o resultado –: jogando-se bem ganha-se os jogos, pode até perder – a perda é um momento normal da natureza –, mas se perde como campeão. Jogando mal e vencendo um dia se perde, e quando se perde...

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Digamos a verdade: quem sente falta da seleção de Dunga, ou de Lazzaroni? Alguém ficou realmente sentido pela perda, achando-a um absurdo, um sacrilégio? O argumento contrário é a seleção de Telê Santana. Ora, no mundo todo se celebra esta equipe, sua escalação é sabida de cor por muita gente, quantas pessoas lembram-se de todos os jogadores da Itália-82? A Hungria de 54 é celebradíssima, alguém sabe para quem perdeu? Ah, tá!, está nos anais da Copa do mundo, um detalhe poucas vezes lembrado – e quando é, sempre com as maiores teorias de conspiração da história do futebol, ficando a frente até da copa da Argentina-78 (até onde eu saiba, a copa-98 só é questionada no Brasil) –. E a Holanda-74? Esta só caiu para uma equipe tão boa quanto, com monstros sagrados das 4 linhas nos dois lados do campo.

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Não à toa o time de 2007 ainda é lembrado – com admiração por alguns torcedores de melhor memória, e com chacotas pelos adversários pelos “chororôs” –, time que perdeu mais para si mesmo – rachas internos, falta de dinheiro, individualismo e estrelismo acima do coletivo – do que por qualquer outro motivo tático-técnico.

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Se o time atual, aparentemente, não apresenta os mesmos rachas e estrelismos, o mesmo não se pode dizer do trabalho tático-técnico, se comparado ao “Carrossel Alvinegro”. Joel cobra atitude, ataque, mas isso é impossível no seu esquema. No Brasil, o 3-5-2 é jogado com 3 zagueiros e 2 laterais soltos, que ao defender voltam para a linha de defesa, na prática é um 5-3-2. Tirando todas as falhas táticas que o 3-5-2 apresenta – que não irei citá-las neste momento –, a melhor forma de se apresentar este esquema é com wingers de verdade (cuja tradução literal seria ala, posição tática que no Brasil significa lateral solto, não um meia-extremo que fecha o meio de campo pelos lados e ataca como um ponta), não como fazemos aqui. Assim, ao invés de um 3-4-1-2, teríamos um 3-2-3-2 – praticamente o esquema tático da Hungria-54, um MM –. É difícil mandar um time ter atitude vencedora e atacar se 7 de seus homens encontram-se na linha defensiva, com um ponta-de-lança que terá que conduzir uma bola por mais de 30-40 metros e dois atacantes isolados na frente. O 3-5-2 nasceu reativo – como predador natural do 4-3-1-2 e o 4-2-2-2, e também acaba funcionando bem contra o 4-4-2 em duas linhas pela flutuação do enganche entre as estas – e está moribundo como esquema reativo: o seu estilo de jogo é o contra-ataque. Por isso, o botafoguense acostumou-se a levar pressão de Flamengo, Fluminense, Vasco, River Plate-SE, e todos os mini-clubes cariocas. É a sua natureza, mandar ir pra frente quando o time é posto atrás é, no mínimo, incoerente.

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Assim, precisando vencer, e bem, Joel troca um zagueiro por um meia. Por incrível que pareça, para Joel, o 4-2-2-2 é um esquema ofensivo, ou até mesmo muito ofensivo, quando na verdade, como se diz no popular, “nem fede, nem cheira” – por algum motivo ou campanha difamatória, acredita-se que o 4-3-3 é muito ofensivo, o que, de alguma forma, parece significar pouco defensivo, ou inconsequente, como se atacar e fazer gols não fosse o motivo de existir do futebol, e ainda que se perde o domínio do meio campo; só que esqueceram de avisar este detalhes técnicos para o Barcelona, uma das melhores defesas do mundo, ao Porto, ou ao Santos de Dorival Jr.! –.

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O que parece óbvio é que com 4 atrás se tem a opção da basculação, fazendo a subida dos laterais de forma alternada, ou usando o “método holandês”, como faz o Barça, por exemplo, um lateral que nunca ataca – Abdal – e um que fica mais livre para subir – Daniel Alves –. Ou pode fazer no “jeitinho brasileiro”, isto é, prender um volante na frente da linha de zaga e liberar os dois laterais ao mesmo tempo. Ao invés de 3 zagueiros, 2 zagueiros mais pelo menos uma auxiliar – ou lateral-base ou volante –. No BFR com 2 zagueiros, esta foi a função de Rodrigo Mancha (5), fazer a base para a subida dos laterais.

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Estes últimos foram os opostos, como o “Presidente” Alessandro (14) “bancado”, Lucas foi um dos melhores em campo – coroado pelo penal final da classificação – vestindo a 2, já Márcio Azevedo (6) precisou sair para ser preservado das vaias. Bruno Tiago (7) muito bem, assim como Éverton (8), embora este tenha oscilado um pouco no início do jogo e saído de campo machucado, dando lugar a Alex (11) que não foi bem – embora o gol que tenha “perdido” foi total mérito da defesa do goleiro do River Plate-SE –. Herrera (17) muita raça e péssimo tecnicamente, jogou fora duas possíveis assistências primorosas, uma de Lucas que ele conseguiu encobrir a trave estando sozinho e sem goleiro, outra num passe dos lampejos de 10 top mundial de Renato Cajá (10), em que sozinho, de frente ao goleiro fez o mais difícil de forma mais errada possível. Caio (9) oscilou bastante também. Já a defesa esteve praticamente impecável – talvez pela pouca ofensividade dos nordestinos –, Jéfferson ainda fez pelo menos uma defesa difícil – de praxe, afinal, o emprego de Joel é garantido pelas mãos do nosso 1 –, “botou pilha” nos cobradores de pênalti sergipanos, e acertando dois cantos – melhor dizendo, lendo perfeitamente a posição de chute dos atacantes –, os obrigou a chutar para fora; Antônio Carlos (3) foi bem atrás e atrapalhou o goleiro no gol contra, convertendo o seu pênalti – o que faz questionar, por que ele não bateu contra o rubro-negro, e sim o Somália? –; Márcio Rosário (4) deu menos sustos que o normal – ou quase nenhum – e novamente acertou o seu penal – embora eu ache que ele não pegou na bola como queria –.

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A vitória veio, num gol contra, chorado e tosco. Quebrou-se uma “maldição” de pênaltis, os jogadores vieram abraçar um Joel Santana emocionado. A pergunta fica: A classificação mascarará o fato do BFR NÃO TER FEITO 1 GOL SEQUER NO RIVER PLATE-SE? Que jogou de igual para igual, em 180 minutos, com um time de 4º divisão – como joga de igual para igual contra todos os times do Rio, seja nos clássicos ou nos jogos contra os mini –?

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Isso sem contar os erros dantescos – mais deles – cometidos por Joel: 1. Loco Abreu era o capitão com a lesão de Marcelo Mattos – embora a torcida preferisse o 13 ao 8 –, depois de Abreu, o capitão sempre foi o Jéfferson – na pré-temporada, os dois “disputavam” a braçadeira –, mas no jogo de ida no NE, sem maiores explicações, Herrera apareceu como capitão, embora saibamos da raça argentina do argentino, que característica de liderança ele apresenta além de destempero e passar o jogo todo discutindo com o árbitro? Neste jogo de volta no Rio, sem el Loco em campo, e sem explicações, Herrera não é mais o capitão, e sim Jéfferson! Essa troca constante de capitães demonstraria alguma coisa interna, ou somente que Joel não tem critério algum? 2. Depois de um passe açucarado e maravilhoso de Cajá para Herrera, e este perder mais um gol feito, Joel troca o 10 por Fabrício (19), sem que ninguém entendesse, ganhando vaias e o epíteto de Burro. O 19 tocou na bola? Duas vezes, uma para errar um passe e outra para botar a bola para a lateral. 3. O time foi posto para frente com gente, não com estratégia, o time está tão joelificado que continuou esperando o adversário atrás para contra-atacar, isto é, esperou um time que não precisava ir pra cima, tentou contra-atacar um time que não QUERIA ATACAR. Como confirmação do que afirmei no 10º parágrafo, o catenaccio interista da década de 60 (bi-campeão da Liga dos Campeões) era na base do 4-3-3, mas totalmente retrancado, reativo e jogando na base do chutão e do contra-ataque: ter 3 atacantes não torna o time mais ofensivo, o que faz isso é a estratégia do treinador – que muitas vezes parece inexistir em alguns momentos, ou jogos, do BFR –. 4. Houve uma indefinição de posicionamentos. Inicialmente eu não consegui definir se o time jogava no 4-2-2-2 ou no 4-2-3-1, por causa da movimentação de Caio, que muitas vezes aparecia muito atrás da linha da bola, pela direita, algumas vezes até invertendo de posição com o lateral direito Lucas – uma ótima estratégia, praticamente inventada no Botafogo pela dupla Zagallo-Nilton Santos –, mas seus melhores momentos foi no pé da grande área à direita, como um ponta clássico, driblando e passando e chutando num espaço de 5 metros. Mas esta indefinição de Caio não é problema, pois seu posicionamento mais adiantado ou mais recuado depende muito também da reação do lateral direito adversário: se este sobe, Caio defende, se ele fica tímido, Caio não precisa voltar. O maior problema foi quando Caio aparecia na esquerda, o que seria ótimo se houvesse uma inversão de lado com o Éverton ou com o Herrera, o que não aconteceu, entulhando o campo de gente na esquerda – já que Cajá, por natureza, cai sempre para este lado –. Herrera foi outro problema, às vezes isolados lá na frente pelo recuo de Caio, o 17 não tem técnica suficiente para fazer o falso-9 – como Messi, Van Persie, além de Rooney, Tévez, Cristiano Ronaldo e Ronaldo Assis quando os seus times necessitam desta mudança tática –, nem é pivô para aproximar dos meias e fazer troca rápida de passe para ultrapassagens – como Loco Abreu, Liédson, Ronaldo Nazário na sua volta em 09 –. Herrera é segundo atacante, condutor de bola que vem de trás, e atualmente numa péssima fase técnica. Para jogar com dois atacantes de movimentação, talvez a melhor opção fosse o 4-3-1-2, para que o ponta-de-lança chegue de trás e preencha o espaço vazio no centro do ataque e sirva os dois companheiros com passes cruzados na área, assim Cajá jogaria de enganche com Éverton sendo o carrillero pela esquerda. Perdido na frente, com pelo menos dois gols perdidos, Herrera talvez tenha sido um dos piores jogadores titulares do time – o pior com certeza foi o Márcio Azevedo –.

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No mais o mais do mesmo. A estrela brilhou, o time ganhou vergonhosamente ao estilo Joel. Joel que tem medo de atacar e fazer 2, 3 gols e levar 1, mas que fica sem saber o que fazer quando o time entra com 2 volantes e 3 zagueiros e leva gol – como na semifinal da Taça Guanabara – e aí enfia meias e atacantes sem estratégia alguma, pior, fica totalmente perdido quando entra com 3 volantes, 3 zagueiros e leva 3 gols. E então, Joel Natalino Santana, o que se faz?

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NO FUTEBOL, GANHA QUEM FAZ MAIS GOLS, QUEM NÃO LEVA SÓ EMPATA.

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NO FUTEBOL, 7 VITÓRIAS VALEM MAIS DO QUE 20 EMPATES.