segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

SAL DA TERRA

Eis! Quebra estes grilhões, povo cativo
(Antes estar eu morto a escravo vivo!)
Chão atravessaremos, Sol e mar,
Porque apenas covarde à escravidão
Acostuma-se fácil e ao Cantar
Deste flagelo doce, deita “cão”
Que servo do Bom vem fiel a amar
E coleira transforma em doce mão.
Eis: assim ouvirão tal grito em guerra
Pois és em nome e força o Sal da Terra.

Eis! Quebra estes grilhões, ó povo altivo
Na força e na coragem tem ativo
O desejo contínuo de singrar
Deserto feito só de escuridão.
E destarte poder sus retomar
A Liberdade, doce galardão,
Motivo de morrer, também matar
Único e verdadeiro de perdão.
Eis: finda a noite que a manhã encerra
Pois és em nome e força o Sal da Terra.

Eis! Quebra estes grilhões, ó povo divo
Pois só na morte tem o último crivo
Quem não tem medo de só se livrar
Das garras dos fascistas, multidão
De homens engravatados em armar
Irmão, vil assassino doutro irmão.
E se olhares e nada se avistar
Mesmo sozinho és só a legião.
Eis: esquece este estigma em que te ferra
Pois és em nome e força o Sal da Terra.

2007

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