Quando me abandonaste, meu amor,
Eu, por mim, mastigando esta agonia,
Rolei na cama, me rasguei de dor.
Ia assim remoendo o que sofria
Sem saber se morria só, calada,
Ou gritava feito uma louca harpia!
Sentia-me, virava-me uma nada:
Sem teu corpo morria-me sem Céu,
Sem chão, não tinha rosto nem estrada.
Questionava-me, como insana ao breu:
Darias para quem o teu amor?
Foi quando notei que este não foi meu.
Foi morrendo em mim esta pouca dor:
Sol nasce, vida segue, brota a flor...
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