quarta-feira, 14 de março de 2012

AMOR À DISTÂNCIA

Amar à distância: coisa complicada!
Amor à distância... meu amado vem de longe.
Amar à distância, para os realistas: adultério; para os românticos: morte.
Meu amor veio de longe.

Acordei meu filho à 1 da manhã, levei-o para o Aeroporto, o meu amado fugiu pelos fundos! 50 a 100 apaixonados ficaram a ver navios... praia distante, esta da Paraíba... pra gente que vai trabalhar de manhã...

À noite mais corajosos 300 ou 500 amantes vão assistir ao treino, gritam os nomes dos atletas, só uma acena de volta: Antônio Carlos. Os dois paraibanos, Fábio Ferreira (de Campina Grande) e Márcio Azevedo (de Guarabira), que NUNCA jogaram neste estado, nem olharam.

Torcedores correm, tentam autógrafos dos atletas que provavelmente nunca mais verão na vida inteira. Ídolos como Herrera, o mais ovacionado nem se move, Cidinho - que nem vinte anos tem - dá um tchau de costas. Os dois paraibanos do time, nem olharam.

Só um dos mais contestados, só um dos mais xingados, Felipe Menezes vem aos torcedores - a partir de hoje, quem falar mal deste jogador, será meu inimigo eterno -.

Será a primeira vez que eu verei o meu amado, rosto-a-rosto, será a primeira vez que meu filho irá a um estádio de futebol, um pouco mais novo do que eu, quando meu pai me levou pela primeira vez para assistir a um jogo de futebol do Botafogo - da Paraíba -.

Era um jogo contra o 13, era 1990, eu tinha 6 ou 7 anos.

Estarão lá também meu alunos, meus parentes, meus amigos, todos irão lá, deleitar-se contigo, amado. Não deveríamos, estamos frustrados, traídos...

Mas eu te amo, o que fazer? Vou lá, constrangido, raivoso, esperançoso, porque amar à distância, para os trovadores era coitar, sofrer.

Como te amar de longe é difícil, era como se eu tivesse lepra, meu amor...

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