domingo, 26 de agosto de 2018

SONETO

Cante para mim, meu bom Rouxinol,
E traga vida para esta tristeza,
Tua voz é fragmento do meu Sol.
      Teu canto voa, guia da Beleza,
      Meu corpo te ressoa sem espanto:
      Flauta que vibra em êxtase de reza.
Por esta voz que cantas, eu me encanto
Por cada canto vais, tua voz fica
E eu soçobro sem meu doce Arcanjo.
       Cante para mim, minha jovem amiga,
       Enquanto os anos chegam-me raivosos
       E, da cicatriz, reabrem a ferida.
Cante para mim versos amorosos,
Cante até que separem os pés nossos.

12/09/2018

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