sábado, 29 de junho de 2019

PARAÍSO DO TEU CORPO

Deita aqui na minha rede
Para eu matar nossa sede.
Não terás gota de sono,
E, ao fim, tombarás caída
Com o corpo, desfalecida,
Qual caem folhas no Outono.

Vem deitar aqui ao meu lado.
Meu corpo ao teu grudado
Apagará tua mente;
Nunca mais terás certeza,
Nem dúvida, nem clareza,
Seremos amor somente.

Pela manhã, tu sem mim,
Estarás perdida, sim:
Nunca acharás outro pouso.
E não terás mais conforto
Se distante do meu corpo,
Paraíso do teu gozo.

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