I.
Ao cabo deste poemaHá um precipício
Donde não se escapa
Nem ideia nem forma.
II.
No precipício ao pé de todo poema
Como uma curva no pescoço
De uma cobra infinita
Desaba toda pessoa
Quem com olhos bem abertos
Lhe fita.
III.
O poeta se joga em cada fonema
perde-se em cada sentido
Não lhe sobra nem razão nem sentimento
Flutuando
no
vazio
.
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