O Santos é o campeão moral do futebol bonito, muito mais do que o belo futebol espanhol de posse de bola, passe preciso, lentidão, poucos gols, e vigor ofensivo.
O bom de ver no Santos é a sanha matadora, é a vontade de bataer, de bater, de bater, como um boxer que se assanha ao ver sangue, que vai pra cima mais e mais, afim de machucar, machucar e machucar, de fazer doer.
O Santos, do primeiro semestre, é um time que jogava para massacrar, que só se sentia em paz de espírito quando via o adversário totalmente batido na lona.
Mas ao contrário de um lutador de ringue, o que move, ou moveu, este time do Santos não foi a fúria sanguinária de um pugilista, o que move este time do Santos foi a alegria, pueril, de ver uma bola rolar num campo, de afundar-se no fundo da trama branca de uma rede, uma rede branca, que no lamaçal deste Barradão, esteve, mais do nunca, alvinegra.
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